Por Leandra Lima
Na última sexta-feira (16), um incêndio de grandes proporções destruiu um imóvel na região central de Petrópolis. O fogo teria começado em um sobrado, onde funcionava uma loja de conserto de eletrodoméstico, e se alastrou para as lojas vizinhas. O Corpo de Bombeiros levou mais de 5 horas para controlar as chamas, que também atingiram uma área de mata atrás do prédio. O fogo começou ainda pela manhã, e não houve vítimas.
Os militares foram acionados por volta de 9h e permaneceram no combate e rescaldo até quase às 18h. Cerca de 60 militares de 7 quarteis foram empenhados na ocorrência, com apoio de 13 viaturas, incluindo uma Auto Escada Mecânica. Os reforços vieram dos quarteis de Itaipava, São Cristóvão, Campos Elíseos, Campinho e Teresópolis. A Águas do Imperador, concessionária local, apoiou as equipes com quatro caminhões, sendo dois pipa e dois Sewer Jet, totalizando 26 mil litros de água.
Testemunhas afirmam que o incêndio que atingiu uma loja começou após um botijão pequeno de gás explodir. "O dono do estabelecimento me disse que um botijão de gás estourou e foi onde as chamas se espalharam. Lamentavelmente, o Corpo de Bombeiros teve dificuldade", relatou o aposentado, Fernando Corrêa. O fogo tomou grandes proporções se espalhando para parte da vegetação que fica atrás do imóvel e para outros estabelecimentos ao redor da área.
O lado ímpar da Rua do Imperador ficou fechado até às 23h, após o controle das chamas, parte do imóvel desabou, e acabou de ser demolida por equipes da Prefeitura. Cinco estabelecimentos foram destruídos. A Defesa Civil explicou que a estrutura da sobreloja (sobrados) colapsou comprometendo os estabelecimentos que ficam na parte de baixo. A demolição foi uma medida para garantir a segurança. Equipes da Prefeitura e da Defesa Civil Municipal fizeram vistorias e ainda monitoram a área.
A população que presenciou a cena demonstrou medo e ressaltaram o despreparo que os órgãos possuem, frente a um grande incêndio. "Estou desde cedo na cidade, antes das 9h já tinha cheiro de fumaça. Os bombeiros não tinham mangueira e equipamento para combater o fogo. Em 10 minutos o fogo se alastrou. Morri de medo de chegar no meu ateliê", disse a costureira, Gleice de Barros, que possui um atelier próximo ao local. O aposentado Jerson Rocha, apontou o caos que se encontrou a cidade: "A fumaça muito preta começou cedo, de repente, começou a aumentar. Os bombeiros chegaram rápido, mas com pouco equipamento. O trânsito na cidade também ficou caótico", ressaltou.
Impacto
Parte do comércio da Rua do Imperador no lado onde ocorreu o incêndio ficou fechado durante todo o dia. A Enel Rio desligou a rede elétrica como medida de segurança durante o combate ao incêndio.
Por conta do ocorrido houve alterações no trânsito e pelo menos 81 linhas de ônibus sofreram alterações, essa movimentação foi coordenada pela CPTrans. O serviço foi normalizado ao longo do dia com a mudança de itinerário dos coletivos.
A Defesa Civil declarou em nota, que foram interditados, os imóveis do número 372 ao 393, da Rua do Imperador. Agora as Equipes junto com o Corpo de Bombeiros farão vistorias técnicas do número 375 ao 407.
