Por Leandra Lima
Lojistas com estabelecimentos na Rua do Imperador, na altura 393, no Centro Histórico de Petrópolis, próximo ao imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Cultural (Inepac) que pegou fogo e desabou, na última sexta-feira (14), relatam queda nas vendas e no movimento por conta da situação atual que se encontra a área afetada, com muita fumaça remanescente e com o trânsito de pessoas sendo impedido pelas faixas de isolamento, por conta dos riscos que a área ainda apresenta. O incêndio iniciou no sobrado, na loja ElectroBrasil, que segundo populares, por conta de um botijão de gás que teria explodido, e logo tomou grandes proporções se espalhando para outros estabelecimentos vizinhos e para parte da vegetação que fica atrás do imóvel.
Ao todo, segundo a Defesa Civil, foram seis estabelecimentos atingidos, quatro deles no prédio de fachada cinza e dois no prédio amarelo, à direita. Do prédio de fachada cinza, dois foram completamente destruídos. Quatro deles continuam interditados. Com a situação, os comerciantes sentem os impactos do incidente.
"Fomos muito prejudicados, porque assim, não conseguimos abrir a loja nem sexta nem sábado. Então foram dois dias de venda que a gente perdeu. Até hoje, estamos com um cheiro de fumaça muito forte na redondeza. Por conta disso, não conseguimos ficar aqui o dia todo, é preciso ligar o ar o tempo todo, porque não dá para suportar o cheiro, fica tudo aqui dentro, muita fumaça. Além disso tem trechos da rua que foi interditada, então como é que as pessoas vão acessar uma ótica daqui? Se tem ali na frente, ele atravessa e já tá de cara com outra", disse a lojista que trabalha na ótica, há oito lojas do prédio desabado.
O representante da Jofear Calçados, Cristiano Lima, também percebeu o afastamento dos clientes. "O movimento afetou bastante, porque o pessoal tá evitando passar por aqui, até porque o cenário não tá bonito. Tá bem feio e triste. A semana estava bem positiva, boa. A procura que a gente tá acostumado a ter nessa época, de vender bota e tal, por mais que não tenha feito frio, seguia bacana e agora não temos os mesmos resultados de antes, caiu drasticamente", relata
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL) também se manifestou, em nota, dizendo que a instituição declarou que o incidente trouxe enormes prejuízos, e afetou a economia. Disse ainda que a prioridade é garantir apoio e assistência a todos os afetados. "Estamos em contato com as autoridades competentes para assegurar que medidas rápidas e eficazes sejam tomadas para a recuperação do local atingido", fala.
De acordo com a Defesa Civil após a interdição, o proprietário do imóvel deve contratar profissional habilitado para realizar as intervenções necessárias.
