Por: Redação

Cultura de Petrópolis perde espaço

Petrópolis passa por uma grave crise econômica, ocasionada principalmente pela dificuldade de executar projetos a longo prazo. Para além da atual discussão sobre a tentativa de mudança do índice de participação do município no ICMS do RJ, o orçamento real do município vem ao que pode-se observar, sendo mal administrado. Um exemplo, como mostra esta edição do Correio Petropolitano, é a reforma do Theatro Dom Pedro II. Obra que foi iniciada com recursos do Governo Federal em 2019, com cerca de R$ 1,6 milhão. Ao longo dos últimos anos, entre tantas desculpas com a troca dos governos, nem a própria Prefeitura sabe explicar o motivo da reforma ainda não ter sido finalizada.

No início de 2021, a obra foi retomada, após ajustes de contrato com as empresas selecionadas pelas licitações, mas paralisada poucos meses depois. Este ano, a deputada federal Jandira Feghali (PcdoB) destinou uma emenda parlamentar de R$ 1 milhão para a reforma. A vereadora de Petrópolis Julia Casamasso (Psol) destinou uma emenda parlamentar de R$ 100 mil para a compra de mobiliário para o Theatro. Além desses valores, ao todo, já foram investidos mais de R$ 5 milhões na reforma e revitalização do espaço e ainda sem previsão de reabertura.

Quando o atual governo assumiu, grupos ligados ao prefeito comemoraram a chegada de integrantes do PcdoB da cidade na presidência do Instituto Municipal de Cultura. Agora, os fazedores de cultura amargam a comemoração antecipada. Com receio de falar mal da esquerda, concorrem em editais apertados e seleções de projetos que muitas vezes não são devidamente publicizados, e passam apenas pela curadoria definida pelo grupo que comanda a presidência do IMC.