Acidentes de trânsito aumentam em Petrópolis

Por Yasmim Grijó

Acidente de moto em Araras.

Por Yasmim Grijó

Os dados mais recentes da Sala de Trauma do Hospital Santa Teresa (HST) revelam uma preocupante tendência no aumento de acidentes de trânsito em Petrópolis. Durante o mês de maio, 132 pessoas foram vítimas de acidentes, um aumento de 22% em relação a abril, quando 108 atendimentos foram registrados.

O levantamento destaca que os motociclistas são as principais vítimas, representando 66% dos casos em maio, com 88 pacientes atendidos. Acidentes de carro somaram 19%, envolvendo 26 pacientes, enquanto os atropelamentos corresponderam a 13%, com 18 vítimas.

Em abril, os acidentes de trânsito também apresentaram um perfil semelhante, com motociclistas à frente: 76 atendimentos, seguidos por 21 acidentes de carro e 11 atropelamentos. A comparação entre os meses sublinha um aumento nos acidentes envolvendo motociclistas.

O mês de junho poderá fechar com ainda mais acidentes. Isso porque nos últimos dias de maio e primeiros dias de junho, Petrópolis registrou uma série de acidentes graves com motociclistas. No dia 28 de maio e 5 de junho, cinco motociclistas morreram em acidentes na cidade.

Atendimento 

Lohana Azevedo, supervisora de enfermagem do Hospital Santa Teresa, explica que quando uma vítima de acidente de trânsito chega ao hospital, o primeiro passo é transferi-la para a maca na sala de trauma. O enfermeiro assistencial realiza uma avaliação inicial, coletando todos os sinais vitais e fazendo a classificação de risco. Simultaneamente, o médico de cirurgia geral atende o paciente, prescrevendo medicações para dor, se necessário, e encaminhando-o para exames de imagem conforme o protocolo interno de trauma.

“Já para a triagem e priorização dos atendimentos, o hospital adota o protocolo de Manchester. Este protocolo é utilizado para a classificação de risco de todos os pacientes na sala de trauma, definindo a prioridade com base na gravidade da condição. Todos os enfermeiros da sala de urgência possuem certificação no protocolo de Manchester, garantindo um atendimento qualificado e padronizado”, destaca Lohana.

A supervisora ressalta que as lesões mais comuns entre as vítimas de acidentes de trânsito são escoriações pelo corpo e fraturas diversas, principalmente devido a quedas. “Além do atendimento médico, o hospital oferece suporte psicológico para as vítimas. A equipe de psicologia pode ser acionada tanto pela enfermagem quanto pela equipe médica, proporcionando o apoio necessário para lidar com os traumas emocionais decorrentes do acidente”, finaliza.