Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) anunciaram greve na Região Serrana. Desde início do ano, após perceberam que a promessa de maior investimento nos setores ligados ao Ministério do Meio Ambiente não se cumpriu efetivamente no governo Lula, os servidores começaram a ameaçar uma paralisação e vinham tentando uma negociação por melhores condições de trabalho com Governo Federal. As tentativas se esgotaram, e agora, serviços essenciais estão ameaçados.
No fim da semana passada, os servidores do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) anunciaram oficialmente a paralisação em alguns trabalhos, estão mantidos apenas os serviços considerados essenciais: fiscalização e combate aos incêndios florestais. No período de estiagem, que este ano começou mais cedo na Região Serrana - já foram contabilizados mais de 80 focos de incêndio em vegetação somente em Petrópolis - o trabalho dos brigadistas desses órgãos é fundamental. A greve afeta especialmente os servidores de carreira, porque os brigadistas que atuam durante estes meses de inverno fazem parte do quadro temporário de contratações.
Depois de quatro anos sofrendo com uma política que tentava desmantelar o Ministério do Meio Ambiente. Com a lentidão no trabalho de fiscalização contra o desmatamento e demais crimes ambientais, ações de prevenção aos incêndios florestais quase inexistente; e até mesmo a privatização de parques nacionais ameaçavam o país, as instituições iniciaram o governo Lula esperando primeiramente recomposição do que foi destruído, e investimentos.
Essa paralização, ainda que parcial, preocupa. São órgãos essenciais para preservação dos parques nacionais, com recorte especial para a Região Serrana do Rio, onde cidades tem destaque nacional como Teresópolis, que é a capital do montanhismo, e Petrópolis, a capital das unidades de conservação.