Por: Redação

Impacto das queimadas no verão

Municípios do estado do Rio tem enfrentado grandes incêndios florestais, como o que destruiu cerca de 150 hectares de vegetação no Parque de Itatiaia, região Sul Fluminense. Além da destruição de áreas de mata atlântica, afetando a fauna e flora nas áreas de conservação, há ainda outro tipo de incêndio com consequências graves: as queimadas em áreas urbanas, que trazem consigo um efeito colateral que muitas vezes passa despercebido: o aumento das ocorrências de deslizamentos de terra durante as chuvas de verão.

A área queimada deixa o solo exposto e arenoso. Porque a vegetação que antes funcionava como uma proteção natural, é destruída. As raízes das plantas, que ajudavam a manter a resistência do solo, desaparecem, e a camada superficial se torna mais suscetível à erosão. Quando chove no verão, muitas vezes nem a chuva forte, mas aquela chuva fina intermitente, encharca o sono vulnerável e a consequência, infelizmente conhecemos, são volumosos deslizamentos de terra.

O mais grave nessa história é que a maioria dos incêndios que acontecem em áreas urbanas são provocados por ação humana. Soltura de balões, fogueiras, queima para limpeza de pasto, queima de lixo, ações criminosas com penas previstas na Lei de Crimes Ambientais. É necessário que a população entenda os riscos imediatos e futuros dos incêndios florestais. E aos governos, investir em políticas públicas de prevenção e mitigação de riscos. Se não, todos os anos, vamos continuar apagando incêndios.