Petrópolis deve terminar esse ciclo de quatro anos com um dos piores caixas dos últimos governos. Algo que não tem explicação, e que a gente torce para que seja um erro de digitação no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias apresentado à Câmara na última semana, e que ainda está sendo analisado. As grandes obras promovidas pela Prefeitura na recuperação da cidade após a tragédia das chuvas de 2022, são fruto, em grande parte, de recursos vindos do Governo Federal, Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e empréstimo feito com a Caixa Econômica Federal. Fora isso, a Prefeitura, infelizmente, não construiu nada de grandioso que justifique esse endividamento.
Entre 2022 e até o início de 2024, graças a uma ficção tributária criada pela gestão municipal sobre as informações declaradas pela GE Celma na Declan-IPM, deu ao município R$ 20 milhões a mais por mês para investir na cidade. E ainda assim, o município entrou em um buraco, ao ponto de o governo municipal afirmar estar em penúria financeira, ameaçando a suspensão de pagamento de servidores e terceirizados e a paralisação de serviços básicos.
Neste ano eleitoral, quem se candidatar à vaga no Executivo precisa primeiramente ter coragem, porque vai encontrar a Prefeitura em estado crítico. Sem previsão orçamentária que dê conta de quitar o mínimo. Talvez até pior do que em 2017, quando o ex-prefeito Bernardo Rossi encontrou a Prefeitura (sem termo melhor do que) saqueada, com serviços básicos comprometidos por falta de pagamento dos salários dos servidores. Além da promessa de campanha de reajuste salarial do funcionalismo que o candidato vencedor da eleição não fez e teve que assumir.