Por: Redação

Cocco Barçante celebra nova exposição em Portugal

Cocco é o responsável pelo Museu do Artesanato no RJ | Foto: Alex Martins

Expoente do artesanato brasileiro, o artista plástico Cocco Barçante representará, mais uma vez, toda a criatividade e força da cultura brasileira em Portugal: Liberdade e Criatividade - 50 anos da Revolução dos Cravos é a nova mostra preparada exclusivamente pelo artista que é criador do Museu do Artesanato do Rio de Janeiro e reconhecido internacionalmente por dar voz e visibilidade às peças artesanais. A exposição começou no dia 18 de julho e segue até 18 de agosto, na Galeria Arte Graça, em Lisboa.

Será a terceira exposição do artista em terras portuguesas. Desta vez, a mostra destaca toda a força e a representatividade que envolve a palavra Liberdade, fazendo uma conexão entre os 50 anos da Revolução dos Cravos, em Portugal, e a liberdade das espécies da Mata Atlântica Brasileira. Artistas plásticos brasileiros e portugueses terão suas peças expostas.

"Pelo terceiro ano consecutivo, na Galeria Arte Graça, os Territórios do Brasil e de Portugal se unem. A liberdade das espécies animais e vegetais que habitam a Mata Atlântica Brasileira, através da sua diversidade, em conjunto com este momento tão importante da história de Portugal, os 50 anos da Revolução dos Cravos, cuja palavra Liberdade foi essencial para a busca das transformações sociais", explica Cocco Barçante.

A curadoria é da professora Lucimar Cunha, professora da Faeterj Petrópolis.

"Como um dos biomas mais devastados e ao mesmo tempo mais biodiversos do planeta, a Mata Atlântica simboliza a urgência e a importância da conservação ambiental. Ao protegê-la, não só preservamos uma riqueza natural incomparável, mas também enfrentamos um dos desafios mais prementes da nossa época: a crise climática. Ao destacar a luta pela democracia, sintetizada pela Revolução dos Cravos e a luta pela conservação da Mata Atlântica, a mostra enfatiza a importância da ação coletiva e da governança eficaz na promoção da paz, da justiça e da sustentabilidade ambiental. A arte de Cocco Barçante nesta exposição é um convite para contemplar e engajar-se com a história e os desafios contemporâneos que enfrentamos. As obras oferecem uma narrativa visual que conecta passado e presente, destacando a importância da educação para a cidadania ambiental e a necessidade de ações coletivas para a proteção do nosso planeta", confirma a curadora.

Segundo Cocco Barçante, o enredo em torno do conceito da palavra Liberdade consiste, justamente, em uma das características mais importantes dos seres e territórios livres: aceitar as diferenças presentes na existência humana, ou seja, aceitar a diversidade.

"Territórios e pessoas que almejam a Liberdade, aceitam a Diversidade como essência e exercem a criatividade como elemento transformador e libertador. Ser criativo é ser inovador, ser diferente, ter ideias revolucionárias e, então, mudar o mundo. Mudanças e ideais tão essenciais para a preservação da liberdade contida da Mata Atlântica Brasileira, como a liberdade conquistada nas atitudes históricas contidas no 25 de Abril", completa o artista plástico.

Reforçando o conceito da exposição, cada artesão convidado vai plantar uma árvore da liberdade na Mata Atlântica Brasileira, através de cada obra criada com a técnica característica do trabalho de cada um, e todas as peças ficarão expostas na Galeria Arte Graça.

"Mais um momento importante de entrega e demonstração de toda criatividade dos artesãos brasileiros", reafirma Cocco Barçante.

Ao todo, são 40 artesãos, de 14 municípios representando o Rio de Janeiro e 9 artesãos de Portugal.

Além disso, no dia 10 de agosto ocorrerá uma palestra com o colecionador de artesanato português, Alexandre Correia, que vai falar sobre o tema Identidade Artesanal, também na galeria em Portugal.

Sobre Cocco Barçante

Criador do Museu do Artesanato, Cocco Barçante é artista plástico. Já participou de 20 exposições individuais e ganhou prêmios como o Chico Mendes, concedido pela Câmara Municipal de Petrópolis, Iedda Maria Teixeira, concedido pela Associação de Embaixadores de Turismo do RJ e o prêmio Pavarte, Lisboa.

Em Lisboa também esteve à frente de outras duas exposições. "Nós e o Eléctrico, o Eléctrico e Nós", de 2022 e "Territórios Afetivos 200 1" que foi realizada em 2023.

Revolução dos Cravos

A Revolução dos Cravos foi um movimento popular e militar ocorrido em Portugal, em 25 de abril de 1974, que encerrou a ditadura salazarista. Seu símbolo foi o cravo, uma flor colocada na ponta das baionetas dos soldados.

As consequências da revolução foram a retomada da democracia em Portugal. Tem grande influência ainda hoje na cultura portuguesa.