As empresas de ônibus Turp, Cidade das Hortênsias e Cidade Real assumiram parte das linhas da empresa Petro Ita que operavam na zona sul da cidade. Ao todo, 12 ônibus estão atendendo a região do Quitandinha, Independência e adjacentes. A medida se dá após os rodoviários da empresa Petro Ita realizarem uma paralisação, na última sexta-feira (06), por causa de atraso no pagamento dos salários.
De acordo com a Prefeitura, nesta segunda-feira (9), a previsão é de que 24 linhas estejam sendo atendidas pelas demais empresas. “As demais viações (com capacidade de operar de forma segura na cidade) vão, a cada dia, disponibilizar mais ônibus para rodarem no município. Até que a operação seja completamente normalizada”.
Segundo a Prefeitura, é uma operação emergencial, para garantir o transporte público para a população de forma segura - tanto para os passageiros quanto para os rodoviários.
Paralisação
Paralelo à decisão do Supremo Tribunal Federal, que manteve o decreto da Prefeitura de Petrópolis que determinou a caducidade do contrato com a empresa Petro Ita, os trabalhadores da empresa realizaram uma paralisação na sexta-feira (6) no centro da cidade. Os veículos foram estacionados dentro do Terminal Rodoviário do Centro e ruas adjacentes. Os veículos só foram removidos à noite, após uma determinação da 4ª Vara Cível obrigando a empresa a desobstruir o trânsito. Os veículos foram rebocados até a garagem.
Neste sábado, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis emitiram uma nota informando que mantêm a paralisação, sem previsão de retorno das operações.”A decisão ocorre devido à falta de contato da Prefeitura de Petrópolis e da CPTrans para resolver a situação. Embora parte dos pagamentos tenha sido realizada, a condição dos trabalhadores permanece insegura, sem garantias suficientes para a retomada das atividades”, disse o sindicato.
A categoria tem cobrado a presença da Prefeitura para mediar a situação dos rodoviários junto às empresas de ônibus. “O sindicato reforça a necessidade de diálogo e ações concretas das autoridades competentes para assegurar os direitos e a estabilidade dos funcionários. A categoria aguarda uma resposta para a normalização do serviço e a proteção dos trabalhadores envolvidos”, diz a nota.
A CPTrans e a empresa não retornaram o contato feito pela reportagem na última sexta-feira (6).