Instrumento importante para orientar ações de gestão de risco de desastres, o mapeamento de risco geológico de Petrópolis, que está sendo feito pelo Governo do Estado, por meio do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro - DRM-RJ, foi apresentado ao secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi na terça-feira (29). O levantamento será integrado ao programa Serrana Resiliente em Petrópolis, que prevê uma série de ações de prevenção em municípios da Região Serrana, incluindo a instalação de um núcleo avançado do Inea em Petrópolis e radares meteorológicos (Banda-X) que permitirão previsões mais precisas para municípios.
O Serrana Resiliente é um programa da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, que foi lançado pelo governador Cláudio Castro no mês passado.
"Este estudo está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), mais especificamente no que se refere a ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis, que prevê a redução de impactos ambientais diversos, inclusive aqueles relacionados a desastres referentes às mudanças climáticas, o que é uma prioridade para o governador Cláudio Castro", assinala o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
O presidente do DRM-RJ, Luiz Cláudio Almeida Magalhães, explicou que a Cartografia de Risco a Escorregamento em Encostas no Município de Petrópolis foi concluída e que os atos administrativos para formalizar a entrega do levantamento às autoridades estão sendo finalizados. Foram oito meses de trabalho.
É a primeira vez que o levantamento é feito simultaneamente nos cinco distritos de Petrópolis, com geólogos, geógrafos e engenheiros percorrendo as localidades de toda cidade e uso de tecnologia. O estudo aponta áreas críticas e susceptíveis a deslizamentos e escorregamentos.
"Além da equipe técnica para avaliação em campo, o levantamento teve o auxílio da tecnologia, o que permitiu que o estudo fosse concluído de forma mais rápida. Estamos falando do maior estudo de risco geológico que já foi feito não apenas no Brasil, mas no mundo. Este levantamento será um instrumento fundamental para orientar as ações do poder público em relação à prevenção", explica o presidente do DRM-RJ.
"O enfrentamento às mudanças climáticas e a implementação de medidas de mitigação de impactos, é uma prioridade nossa. Isso passa por uma melhor estruturação, com a criação de cidades resilientes, e também pela orientação aos moradores. O estado dá um passo importante dentro da política de prevenção em Petrópolis, com este levantamento do DRM-RJ. Ele é um estudo técnico detalhado e abrangente, que irá ajudar a orientar as ações do município e irá somar muito dentro da política de prevenção do Estado", destaca o secretário Bernardo Rossi, que acompanha o processo desde o início.
O mapeamento é considerado de suma importância também pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, uma vez que, as informações do DRM deverão complementar o trabalho de revisão/atualização do Plano Municipal de Redução de Risco de Petrópolis, que deveria ter sido realizado pelo município, após as chuvas de 2022. A última atualização do PMRR de Petrópolis foi feita em 2017, durante a gestão de Bernardo Rossi como prefeito da cidade. Na ocasião, foi feito o mapeamento nos distritos, complementando a primeira etapa do estudo que em 2007 mapeou apenas a região do primeiro distrito.