Novembro Roxo: Cuidados com a prematuridade de bebês

O Novembro Roxo, campanha mundial dedicada à prematuridade, chama a atenção para os desafios enfrentados por bebês que nascem antes da 37ª semana de gestação. O Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, reforça a importância da conscientização sobre os cuidados necessários para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável desses bebês, que correspondem a cerca de 10% dos nascimentos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os primeiros meses de vida de um bebê prematuro apresentam desafios significativos, como dificuldades respiratórias, problemas de alimentação e maior suscetibilidade a infecções devido ao sistema imunológico imaturo. Além disso, questões como a regulação da temperatura corporal e o desenvolvimento neurológico exigem monitoramento constante nas UTIs neonatais e acompanhamento multidisciplinar após a alta hospitalar.

"A prematuridade é uma jornada que exige muito cuidado, não apenas durante a internação, mas também a longo prazo. Para minimizar os impactos no desenvolvimento infantil, como atrasos cognitivos ou dificuldades motoras, é essencial o acompanhamento especializado e estímulos precoces", explica a pediatra Dr.ª Christieny Mochdece, do Hospital Santa Teresa.

Nos últimos anos, os avanços na assistência neonatal têm transformado o cuidado aos prematuros. Incluindo desde vacinas especiais até avanços tecnológicos na área da ventilação neuro monitorização e nutrição melhoraram as chances de sobrevivência e reduziram complicações. O uso de corticosteroides antenatais para maturidade pulmonar e o sulfato de magnésico para neuroproteção ainda na gestação, com a iminência de parto prematuro e em acordo com a idade gestacional do nascimento são outros exemplos de inovações que beneficiam esses bebês e suas famílias. Além do método canguru para bebês que necessitam do ganho de peso para alta hospitalar.

Durante a internação, o papel dos pais é fundamental para o desenvolvimento e o bem-estar dos bebês prematuros. "O contato pele a pele e a amamentação são mais que gestos de carinho; são intervenções que fortalecem o vínculo, promovem a recuperação e ajudam os pais a se sentirem mais seguros nesse momento desafiador", afirma a Dra. Christieny.