UNITA questiona paralisação das obras na Rua Agante Moço
Novo prazo de entrega é no dia 25 de dezembro, mas intervenções estão suspensas há semanas
O prometido presente de Natal aos moradores de Itaipava, as obras de alargamento e pavimentação da Rua Joaquim Agante Moço, via que fica "atrás" do Parque de Exposições, seguem paralisadas mesmo com o prazo final de entrega previsto para 25 de dezembro. O movimento UNITA - Unidos por Itaipava expressa preocupação com a total falta de movimentação de homens e máquinas na via há semanas, que deveria estar em pleno andamento para cumprir o cronograma ampliado pela prefeitura. O atraso, que inicialmente era de dois meses, resultou em uma extensão de mais 120 dias no prazo final. De acordo com o movimento, ao invés das obras avançarem, elas permanecem estagnadas.
"A Rua Joaquim Agante Moço é crucial para melhorar a mobilidade no distrito de Itaipava, mas a paralisação das obras mostra que as ações em Itaipava ficarão em segundo plano. Além de afetar a qualidade de vida gera impacto econômico negativo", afirma Alexandre Plantz, presidente da UNITA.
A entidade vem acompanhando a rescisão de contratos de obras em outras regiões da cidade. Pelo menos quatro contratos foram suspenso. "Tememos que a Agante Moço esteja nesta lista de obras que estão sendo suprimidas", completa Alexandre Plantz.
Prazo inicial
para agosto
Iniciadas em abril com um investimento de R$ 4 milhões, as obras da Agante Moço tinham conclusão inicial prevista para agosto. Após o primeiro atraso, a Prefeitura anunciou a ampliação do prazo para mais 120 dias, prometendo que a via estaria pronta até o Natal. Contudo, empresários e moradores observaram que, desde então, não há qualquer movimentação no local. A situação preocupa ainda mais pela relevância da via, que serve como alternativa ao trânsito pesado da Estrada União e Indústria.
"Temos poucos dias até o prazo final e a obra, que deveria ser um 'presente de Natal' para Itaipava, não vai ser entregue. Isso reforça o descaso histórico com a mobilidade no distrito. O UNITA surgiu com esse papel: buscar melhorias e um planejamento integrado que atenda às necessidades de Itaipava", destaca Fabrício Santos, secretário da UNITA.
O UNITA já havia alertado anteriormente que a conclusão da obra não resolverá os gargalos do trânsito na região sem intervenções complementares, como melhorias nas pontes de Bonsucesso e do Hortomercado, indicadas em estudo realizado pela Coppe/UFRJ. Mas, seria uma opção para os motoristas em situações mais extremas. O movimento também critica a ausência de infraestrutura básica, como iluminação e sinalização na via, que segue em condições precárias, com buracos e trechos cedidos, pelo menos, desde as chuvas de 2022.