Câmara adia mais uma vez discussão sobre cargos da Educação

Votação do projeto que suspende os efeitos do decreto que extinguiu cargos da Secretaria de Educação foi novamente adiado pela Câmara Municipal. Nesta quarta-feira (13), Sindicato dos Profissionais de Educação de Petrópolis (SEPE) e outros trabalhadores do setor foram até o plenário da Câmara à espera da votação do decreto legislativo, e receberam a notícia do adiamento. Segundo a vereadora Júlia Casamasso, autora do projeto de lei de suspensão, disse que devido a uma interpretação do regimento interno da casa, a pauta foi adiada, novamente, "deixando os profissionais frustrados com os parlamentares pela falta de comprometimento e respeito com a causa".

A votação da pauta agora será realizada na próxima terça-feira, dia 19 de dezembro. "É um absurdo que o prefeito extingue cargos da educação por meio de um decreto, e o absurdo maior ainda são os parlamentares desta casa legislativa não defenderem uma educação pública de qualidade. Terceirizar significa precarizar e o nosso mandato sempre estará em defesa de uma educação de qualidade e dos profissionais da área", comenta Júlia Casamasso, representante da Coletiva Feminista.

O rodoviário Matheus Schmitt foi homenageado na Câmara Municipal nesta semana. Foi ele que evitou uma tragédia no dia 09 de novembro, no acidente com o ônibus que fazia a linha Roncoroni, no Morin. Matheus fez uma manobra com o ônibus e evitou um acidente ainda maior. O veículo transportava cerca de 40 pessoas, com muitas crianças e pessoas idosas. A homenagem foi concedida pelo vereador Hingo Hammes. "Sua ação rápida protegeu todos os que estavam naquele ônibus, que transportava muitas crianças, adolescentes e idosos. São pessoas como ele que tornam nossa comunidade mais segura e nos inspiram a buscar, todos os dias, o melhor para Petrópolis", disse o vereador nas redes sociais.

O juiz da 4ª Vara Cível de Petrópolis, Jorge Martins, realizou uma audiência nesta semana para discutir o crescimento desordenado da cidade. O encontro partiu de uma ação aberta por uma família que recorreu à Justiça após os danos sofridos na tragédia de 15 de fevereiro de 2022. A família, que morava na Rua Frei Leão, no Alto da Serra, perdeu nove membros, entre eles dois adolescentes de 12 e 13 anos. A família busca na Justiça atenuar as perdas, depois de ter recorrido diversas vezes aos órgãos públicos.

A audiência contou com a presença de representantes da Prefeitura. Foi discutida a fiscalização em relação às ocupações irregulares. O Ministério Público cobrou da Prefeitura a apresentação dos processos de regularização fundiária, tendo em vista que o Município afirma que nos últimos três anos foram implantados métodos de controle que estão começando a funcionar.