Adeus a João do Cavaco e Neyse Lioy

Faleceu nesta segunda (18), aos 74 anos, o músico João Batista Ramos, popularmente conhecido pelo seu nome artístico Joãozinho do Cavaco, e também, a historiadora Neyse de Aguiar Lioy aos 88 anos, ambos fomentadores da cultura em Petrópolis. O velório e o sepultamento das duas personalidades culturais ocorreram na tarde desta terça-feira (19), na ocasião, amigos, familiares e fãs se despediram do músico e da historiadora. Joãozinho do Cavaco atuava no cenário musical e se especializou em tocar o cavaco e choro, já Neyse Lioy ficou conhecida por suas contribuições para o turismo e seu conhecimento sobre a história alemã na cidade, ela foi a fundadora da categoria Master do Grupo Folclórico Germânico Bergstadt.

Joãozinho do Cavaco

O músico começou sua trajetória muito cedo, no início ele teve dificuldades para adquirir os instrumentos e ter acesso aos conteúdos necessários para aprender a manuseá-los, mas os obstáculos não o pararam, ele praticou com os recursos que tinha e aprendeu a tocar diversos instrumentos se especializando no Cavaco, não à toa a referência ao seu nome artístico. Após se estabelecer como artista, Joãozinho fundou uma escola de música em 1880, e em 1995 foi contratado pela Fundação de Cultura de Petrópolis para dar aulas de música no Centro Cultural. O artista inspirou diversos músicos petropolitanos, incluindo seus filhos, que seguem o legado da música deixada por ele. Representantes da cultura local se manifestaram através das redes sociais lamentando a morte do músico, que partiu em meio a luta contra um câncer.

Neyse Lioy

Neyse de Aguiar Lioy se dedicou a captar histórias e preservar a cultura alemã no município. A historiadora em meio suas pesquisas descobriu a origem das famílias alemãs que se instauraram em solo petropolitano. Suas ações contribuíram para o turismo e a fomentação da cultura germânica na cidade. Neyce recebeu em 2022 uma moção de reconhecimento e louvor na Câmara Municipal do Rio de Janeiro por suas contribuições para Petrópolis. A historiadora era diretora e apresentadora do Grupo Folclórico Germânico Bergstadt. Em razão de sua morte, o grupo folclórico publicou uma nota de pesar agradecendo seus esforços.