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Cerca de 40 famílias do Ingá vão receber aluguel social

Geólogos estudam impactos dos desplacamentos na região | Foto: Raphaela Cordeiro/TV Correio da Manhã

Por Raphaela Cordeiro, com informações de Wellington Daniel

Após um novo desplacamento de rochas ser registrado na localidade do Ingá, na Posse, em Petrópolis, mais residências precisaram ser interditadas na região no início desta semana. A Defesa Civil Municipal esteve no local e informou que iniciou estudos para buscar soluções de engenharia na encosta, já que há o risco de novos rolamentos. Além disso, a interdição deve abranger uma área maior que a atual. A avaliação está sendo realizada por geólogos.

Nesta terça-feira, a Prefeitura também informou que 43 famílias da comunidade serão incluídas no Aluguel Social, mas não detalhou o valor que será pago.

"Já mapeamos, atendemos e cadastramos as 48 famílias da região. Sabemos que são 113 pessoas, sendo 27 crianças e adolescentes. Das 48 famílias, 43 estão na casa de parentes. Outras cinco se recusaram a sair de casa. Nossas equipes seguem trabalham no convencimento dessas famílias. Sabemos que é um transtorno sair de casa. Mas é o melhor a ser feito", disse o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo.

Para Jorge Vieira, que vive na região, a situação é complicada, já que algumas pessoas acabam retornando para as residências. " A Defesa Civil esteve aqui e proibiu as pessoas de voltarem para as casas, mas alguns já voltaram. As pedras caíram na vila, entraram nas casas e só não machucou ninguém por sorte. Acordou todo mundo assustado", disse.

Esta não é a primeira vez que acontecem desplacamentos de rocha na região. Na semana passada, um desplacamento um pouco menor atingiu uma residência. No dia 23 de dezembro de 2023, um outro rolamento de pedras atingiu a região do Ingá. Mas as ocorrências já acontecem há mais de dez anos.

De acordo com Jorge, esta foi a quarta vez que um desplacamento de rochas acontece na mesma localidade e que, apesar de sua casa não estar em área de risco de ser atingida, ele se preocupa com quem vive perto da pedreira. "Dá pra ver que tem uma parte que ainda vai descer, muitas pedras. Eu me preocupo com quem mora aqui perto. A Prefeitura disse que vai vir fazer uma proteção, mas já deveria ter feito tem tempo. Tem pessoas aqui que dizem que não vão sair daqui", disse o aposentado.

De acordo com a Prefeitura de Petrópolis, uma base foi montada na praça do centro de artes e esportes unificados da posse para o cadastramento das famílias moradoras de casas próximas ao desplacamento.

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