As empresas de Petrópolis, atingidas pelas fortes chuvas de 2022 terão mais 12 meses para pagar parcelas de empréstimos junto à Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro - AgeRio. A nova ampliação do prazo, assinada pelo governador Cláudio Castro, foi publicada no Diário Oficial do Estado, nesta sexta-feira (26). Um levantamento feito pela Firjan junto aos empresários de Petrópolis após a tragédia apontou um prejuízo estimado em R$ 665 milhões à economia da cidade em consequência dos temporais.
A medida, também solicitada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrópolis e outros órgãos representativos, foi recebida para fortalecer a economia local. Assim, a contratação dos empréstimos ganhou mais um ano de carência com pagamentos. Ao todo, 3.300 empresas petropolitanas recorreram ao financiamento, linha de crédito especial aberta pelo Estado, somando R$ 207 milhões.
Esta é a segunda vez que o Estado amplia o prazo para início do pagamento dos empréstimos. A primeira ampliação entrou em vigor em abril do ano passado com base no projeto de lei nº 272/2023, de autoria do então deputado, Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade.
"Nós sabemos a dificuldade gerada pela pandemia, logo em seguida aconteceu aquela grande tragédia que prejudicou os comerciantes de Petrópolis. Sabemos que ainda hoje os empresários enfrentam muitas dificuldades para pagar, então publicamos no DO a prorrogação por mais um ano para que os empresários possam começar a fazer os pagamentos. Importante lembrar que não existe incidência de juros", destaca o governador Cláudio Castro.
Bernardo Rossi explica que o governo do Estado está subsidiando esses juros, ou seja, pagando esses valores para que as empresas possam se recuperar. "Sabemos que a cidade ainda vive um momento de recuperação econômica. Este fôlego é importante para que os empresários e empreendedores de Petrópolis mantenham os empregos e para que a economia da cidade volte a girar", destaca.
Estabelecimentos locais
Entre os beneficiados estão padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de vestuário, concessionárias, auto peças, óticas, empresas de produtos hospitalares, confecções, metalúrgicas, cervejarias, indústrias têxteis, escritórios de contabilidade, pousadas, ou seja, empresas dos mais diversos segmentos, que juntas, empregam milhares de petropolitanos.
Para Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio Petrópolis, a prorrogação do prazo de pagamento é uma decisão que atende a um pedido dos empresários e que deverá auxiliar neste momento de recuperação econômica. "Vale destacar que nós reforçamos juntos ao governo do Estado a necessidade de ampliação do prazo para pagamento das parcelas," afirma.
O presidente da CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad, enfatizou a necessidade da prorrogação, apontando que a recuperação total dos negócios afetados pode levar mais de 36 meses. "Essa manifestação que fizemos reforça apenas a importância da medida, porque o governador já vinha sinalizando sua postura em apoiar o comércio local", destaca.