Jovens na política valoriza a cidadania e a democracia

Parte deste grupo acredita que o voto pode transformar realidade

Por Leandra Lima

O poder do voto da juventude vem se mostrando historicamente uma intervenção objetiva na vida dos mesmos

O filósofo Aristóteles afirmava que o "O Homem é um animal político", então, para ele, é natural que se conviva em comunidade, a política simboliza coletividade e sociedade organizada. O termo surgiu do grego "Politikos" referindo-se a grupos sociais que integravam a "polis", ou seja, as cidades no período da Grécia antiga. Desde seu surgimento até os dias atuais, o objeto se tornou algo importante, para garantir os direitos sociais de cada cidadão. Entrelaçado à política está o conceito de democracia que segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é definido como soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Nessa instância, todos participam das tomadas de decisões, seja diretamente ou através de representantes eleitos.

Na democracia, o voto é umas das ferramentas mais importantes para assegurar que o sistema funcione, através dele os indivíduos são capazes de exercer a cidadania de forma total e livre. Com ele é possível decidir o representante que compartilha os mesmos ideais, e engaja as mesmas pautas levantadas socialmente por cada pessoa. Este ano, com o período eleitoral, que vai decidir os governantes das cidades brasileiras, muito se fala da participação dos jovens nesse processo democrático.

Para a presidente da União dos Jovens Socialistas (UJS), Ayane Souza, o poder do voto da juventude vem se mostrando historicamente uma intervenção objetiva na vida dos mesmos. "Poder votar em quem vai estar no comando, também tem a ver com que prioridade queremos que o governo ou legislativo, esteja tendo com o nosso país, cidade ou estado. Porém, vejo que a juventude precisa estar atenta a cobrar e participar efetivamente da vida política da sociedade", disse. De acordo com o TRE, em 2022, cerca de 2.116.781 eleitoras e eleitores com 16 e 17 anos emitiram seu título de eleitor e se tornaram aptos a votar. Isso representa um crescimento de 51,13% em relação às eleições 2018. Para a Tribunal, quando a participação social cresce, a democracia se fortalece.

Numa pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF) Brasil, nove em cada dez adolescentes em 2022, declararam que o voto tem a capacidade de transformar realidades em torno das comunidades. Esse pensamento atrai cada vez mais esse grupo, já que a geração atual está mais engajada em pautas sociais. "A política decide tudo na nossa vida e a juventude tem a tarefa de canalizar a sua rebeldia para avançarmos em ter uma sociedade mais inclusiva e democrática. Se deixarmos de ocupar e opinar na política outras pessoas vão fazer por nós. Concordo muito com o lema, "nada sobre nós sem nós", refletiu, Ayane Souza.

A política envolve múltiplas linguagens, e é preciso ser reinventada, hoje, existem muito mais pautas a serem levantadas e para que haja uma transformação efetiva da velha prática é preciso plantar o novo, germinando isso nos jovens. "Os jovens são sementes, a participação deles é fundamental para o desenvolvimento do mundo. Se pararmos para olhar, eles estão mais engajados com problemas que a geração passada deixou de lado, como por exemplo, a pauta ambiental, os maiores ativistas hoje são meninos e meninas", disse o professor de sociologia, Carlos Alberto Lima.

Para participar da vida política é certo que os jovens precisam ter à mão o título de eleitor, para isso é preciso que se dirijam até a Zona Eleitoral de sua região, para emitir a primeira via, ou, atualizar alguma informação. O prazo é até o dia 8 de maio de 2024. Na ação é preciso levar documentos de identificação e comprovante de residência.