Uma vistoria feita pelo Ministério Público do Estado do Rio no abrigo provisório de Petrópolis encontrou comida azeda e insetos nas refeições fornecidas pela Prefeitura às famílias vítimas das chuvas deste ano que estão no Centro de Acolhimento Gabriel Vila Real, que fica na Rua Floriano Peixoto. A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis requisitou à Justiça que obrigue a Prefeitura a adequar a alimentação e que o prefeito Rubens Bomtempo e a secretária de Assistência Social Valesca Gonçalves também sejam responsabilizados na ação. Atualmente, o abrigo acolhe 27 pessoas, entre estas 13 crianças e três adolescentes, além de uma pessoa com deficiência.

Nesta semana, o Correio publicou uma denúncia da vereadora Gilda Beatriz (PP) apontando problemas na estrutura do Centro de Acolhimento aos desabrigados. Na fiscalização, realizada no dia 15 de maio, a parlamentar constatou que existem obras inacabadas, falta de acessibilidade, má qualidade nos espaços de convivência infantil, baixa qualidade nos materiais disponibilizados, como cobertores, travesseiros e toalhas. Informações que foram detalhadas em um documento à Prefeitura.

"A acessibilidade deveria ser prioridade. É um absurdo de 32 apartamentos, 14 ainda não foram entregues", disse Gilda Beatriz. O espaço foi adquirido por R$ 3,5 milhões pela prefeitura em 2022, com dinheiro doado pela Assembleia Legislativa do Rio, porém o equipamento só foi colocado em uso, em abril deste ano. A Prefeitura não respondeu à coluna os apontamentos feitos pelo Ministério Público após a vistoria, e nem sobre a denúncia da vereadora publicada na edição da última quarta-feira, dia 29.

Informações obtidas pela equipe técnica do Ministério Público em vistoria no Centro de Acolhimento Gabriel Vila Real às vítimas da chuva apontam que nos dias 17, 19 e 20 de maio, os alimentos fornecidos aos desalojados estavam azedos. A petição traz o registro fotográfico de um prato de comida com insetos. Uma semana depois, em vistoria realizada no dia 28 de maio no Núcleo de Integração Social, a equipe técnica do Ministério Público identificou a presença de insetos nos sacos de arroz que seriam destinados ao consumo tanto dos desabrigados, como da população em situação de rua.

Terminam no próximo dia 03 de junho, as inscrições para mais um ciclo do Programa de Residência em TIC do Serratec, o Parque Tecnológico da Região Serrana do Rio. São 130 vagas que se destinam aos moradores das cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Areal. O programa é gratuito e as inscrições vão até 3 de junho de 2024 e devem ser feitas através do site: http://serratec.org/residencia.

Os candidatos não precisam de conhecimento prévio em tecnologia, mas é preciso ter o ensino médio concluído e idade mínima de 18 anos até dezembro de 2024. Pessoas com diversidades funcionais (com deficiência e/ou neuro diversas), pessoas pretas, mulheres e quem estudou em escola pública terão prioridade. As aulas online e ao vivo começam em agosto e vão até dezembro, num total de 770 horas de imersão no universo da tecnologia.

Os alunos selecionados vão compor a nona turma qualificada pelo Serratec e as vagas para o programa são bastante concorridas. Essa corrida para o mercado de tecnologia se explica por vários fatores. Um dos motivos é a transformação dos negócios, cada vez mais voltados para o digital, que traz em si uma carência por trabalhadores no mercado de tecnologia. São cinco anos de Programa, mais de 1000 pessoas já qualificadas (até julho de 2024) e o índice de contratação imediata supera os 50%.

"A integração entre a iniciativa privada, poder público, instituições de ensino e pesquisa são fundamentais, mas o diferencial está em não focar apenas no conhecimento técnico, mas também garantir o desenvolvimento das soft skills, ter as pessoas no centro do processo de aprendizagem e manter um olhar para a Comunidade Serratec.Dev", disse, Cicilia Paraquett, coordenadora da Residência em TIC Software.