Por: POR LUANA MOTTA

PETROPOLITANAS: Decreto põe fim ao contrato da Petro Ita

Empresa vai continuar atendendo parte das linhas | Foto: Leandra Lima

A Prefeitura publicou, na sexta-feira (19), o decreto nº 947/2024 que determina a caducidade do contrato com a empresa de ônibus Petro Ita. Com isso, as linhas do Alto da Serra e do Morin passaram a ser operadas pela empresa Cidade Real, já no dia seguinte. No decreto de caducidade o prefeito também determinou a antecipação do edital de licitação para todas as linhas da Petro Ita, cujo contrato venceria apenas em 2025. Segundo o Prefeito, a medida é em razão da inviabilidade de manutenção do serviço. Em maio deste ano, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) havia divulgado que 87% das linhas que estavam em operação foram reprovadas em uma vistoria realizada a pedido da Companhia.

 

Cidade Real assume parcialmente

Nesta sexta-feira, segundo a CPTrans, somente no mês de junho, foram 392 falhas mecânicas, uma média de 13 quebras por dia. Nos 18 primeiros dias de julho, já foram registrados 243 incidentes, resultando em média de 14 quebras por dia. No entanto, mesmo com a caducidade, apenas parte das linhas foram transferidas para uma nova empresa. A CPTrans afirma que a Cidade Real declarou ter condições de atender 30 linhas. Nas demais regiões, a Petro Ita está autorizada a operar até a conclusão do processo licitatório.

SindRodoviários critica atitude da Prefeitura

A redução das linhas levou os rodoviários da Petro Ita a uma paralisação na manhã de sábado (20), devido ao risco de demissão em massa. O Sindicato classificou a atitude da Prefeitura como "covarde e insensível", destacando a falta de consideração pelos trabalhadores e suas famílias que dependem desses empregos para seu sustento. "Os rodoviários têm desempenhado um papel fundamental na mobilidade urbana de nossa cidade, e merecem respeito e reconhecimento por sua dedicação e trabalho árduo", afirmou Glauco da Costa, presidente do sindicato. A situação é a mesma ocorrida com a caducidade do contrato com a empresa Cascatinha, em maio.

História se repete

"A decisão da prefeitura de retirar as linhas de transporte sem um plano adequado para realocar ou garantir o emprego desses profissionais foi fortemente criticada. O sindicato destacou que essa ação desrespeita não apenas os trabalhadores, mas também a legislação trabalhista, ao não considerar o impacto social e econômico de suas decisões. O sindicato destacou sua constante presença em reuniões convocadas pela CPTrans, onde sempre se posicionou contrariamente à maneira abrupta como a empresa Cascatinha foi retirada de operação", disse o Sindicato.

Reunião foi agendada

À imprensa, a Prefeitura disse que a Cidade Real - assim como as demais operadoras do sistema - está autorizada a contratar profissionais que hoje prestam serviço para a empresa Petro Ita. E agendou para esta segunda-feira (22) uma reunião da "Mesa Permanente de Negociação para Realocação de Recursos Humanos" com o Sindicato dos Rodoviários, que vai discutir a realocação dos rodoviários das linhas substituídas. Com a Cascatinha, parte dos rodoviários foram realocados nas empresas substitutas.