OPINIÃO: Desastre & Despedida

Por Bernardo Filho*

Não é a primeira vez que ao despedir-se do governo, Rubens Bomtempo mostra à população, o que é sua desastrosa gestão.

Em seu mandato anterior para pagar funcionários foram arrastadas pela justiça, contas correntes de destinação diversas, inclusive de verbas que não poderiam ser usadas para pagamentos de funcionários, para garantia de salários.

Estamos há 32 dias de ver finalizado um governo que durante 4 mandatos (15 anos) apenas contribuiu para o atraso e estagnação do Município.

Faltando poucos dias para a cadeira ser desocupada, faltam alimentos nas creches e escolas municipais. Uma verdadeira maldade para com as crianças. Uma vingança das mais baixas possíveis, por não ter sido reeleito. Fazer crianças passarem por dificuldades sem a menor necessidade, é inominável.

Agrava-se a este fato de extremo pesar, o não pagamento das aposentadorias nas datas previstas, deixando aposentados em difícil situação. O prefeito quebrou uma tradição de muitos anos de pagar os aposentados no último dia do mês em curso.

Junto à falta de merenda nas escolas da rede pública, soma-se o atraso no pagamento de funcionários terceirizados da Capital Ambiental, que prestam serviços para a Secretaria de Educação, além de constantes atrasos no pagamento de estagiários e de prestadores que recebem por RPAs.

Sem falar numa coleta de lixo falha, sem execução a contento, com proliferação de lixo, ratos e baratas nos bairros, além do mau cheiro. Iluminação pública em greve, atraso no pagamento do aluguel social, falta de repasse dos valores descontados dos salários a título de parcela de consignados que não estão sendo repassados aos bancos e de não menos importância, mais uma crise no transporte público.

O alegado de forma oficial é que o município vive uma crise financeira porque deixou de receber uma parcela maior de ICMS, tentando jogar a culpa em cima da CELMA. Quando a verdade é que não houve planejamento e gestão por conta do recebimento, via liminar provisória, de um valor que se bem gerido, nada disto estaria acontecendo.

A penúria financeira é fruto de incompetência gerencial e falta de equilíbrio. Promoveu-se uma gastança generalizada, como se não houvesse amanhã. Foram 400 milhões que ninguém sabe como foram gastos.

Por que o prefeito não economizou quando o caixa estava farto? Podia ter feito uma poupança ( o que seria o recomendado ) como sempre dissemos aqui nos nossos artigos; levou-nos a esta triste situação que não precisaria estar acontecendo.

Ficam duas grandes preocupações: a primeira, até onde se sabe, é que no orçamento para 2025 estão previstos apenas 10 milhões para alimentação escolar, quando o necessário seriam 40 milhões, e a segunda, o que ainda está por acontecer de ruim nesta cidade nos próximos 30 dias.

*Advogado, Professor Universitário e Jornalista