Por: Wellington Daniel

Mortes de crianças por pneumonia crescem em Petrópolis

Doença no sistema respiratório em crianças | Foto: Divulgação HU

O número de mortes de crianças de 0 a 9 anos em decorrência de pneumonia cresceram em Petrópolis. É o que aponta os dados de registros de óbitos dos cartórios. Segundo o Portal de Transparência da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), foram dois casos entre janeiro e dezembro de 2022. Já em 2023, entre janeiro e 30 de outubro, foram nove óbitos.

Enquanto isso, os óbitos totais na faixa etária entre 0 e 9 anos ficaram em 95, em todo o ano de 2022, contra 69 em 2023, de janeiro a outubro.

Os dados do portal ainda apontam que, dentre as causas respiratórias para óbitos de crianças, as mortes por pneumonia ficaram em segundo lugar, atrás apenas da septicemia. A infecção generalizada registrou 17 casos em 2022 e 19 em 2023.

Covid-19

Os óbitos por covid-19, no entanto, não registraram elevação, segundo dados do painel de monitoramento da Prefeitura de Petrópolis. Em outubro deste ano, foram duas confirmações em idosos com mais de 70 anos. No mesmo mês de 2022, foram três ocorrências, também em pessoas idosas, com mais de 60 anos.

Os casos confirmados, no entanto, aumentaram entre setembro e outubro na população em geral, de 485 para 686 (41,44%). Também houve alta em relação há um ano, quando 443 pessoas testaram positivo para o coronavírus.

Dentre as crianças, houve uma diminuição. O ano de 2023 registrou 100 casos positivos até o momento, contra 1.778 em 2022. Apenas dois destes casos foram registrados em escolas, de acordo com o painel do município.

Restrições no HAC

Na última semana, a Prefeitura anunciou a suspensão de visitas no Hospital Alcides Carneiro (HAC). Nas redes sociais, surgiram relatos de que a medida, na verdade, era para evitar a propagação de uma bactéria. O município negou as informações e reafirmou que a decisão era em relação ao crescimento de casos de covid-19.

Os pais da suposta vítima da bactéria, um adolescente de 14 anos, também vieram a público desmentir. Disseram que o quadro de saúde do rapaz "evoluiu", o que levou à morte.

O Correio Petropolitano questionou o motivo da restrição vale apenas para o HAC. A Secretaria de Saúde respondeu que as medidas adotadas são estratégicas e visam reduzir os riscos de contágios de forma estratégicas, especialmente entre os pacientes oncológicos. Ainda de acordo com a nota, as demais unidades não possuem este perfil de pacientes, já que o HAC é porta de entrada para pacientes oncológicos. O Comitê Científico vai se reunir na próxima semana para avaliar o quadro. Em relação a outros casos de óbitos registrados no HAC, através de exames no laboratório próprio ou do Lacen, que não constataram casos de bactérias iguais em amostras de pacientes diferentes. Duas encontram-se em investigação laboratorial.

 

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