PT quer montar frente ampla para as eleições municipais

Principal candidato do partido em Petrópolis pode ficar inelegível

Por Wellington Daniel

Presidente do PT em Petrópolis, Thiago França, em entrevista ao Correio Petropolitano

Por Wellington Daniel

O Partido dos Trabalhadores deseja montar uma frente ampla, com foco na esquerda, para as eleições municipais de 2024, em Petrópolis. A informação foi dada pelo presidente municipal da sigla, Thiago França, em entrevista ao Correio Petropolitano Debate nesta semana. Hoje, o PT forma uma federação com o PV e o PCdoB e, portanto, concorrem como um único partido.

Hoje, o PT é o partido do vice-prefeito, Paulo Mustrangi, e de nomes de ex-vereadores como Jorginho Banerj e Silmar Fortes. Na segunda-feira (06), o partido realizou uma assembleia, na Câmara Municipal, onde deu posse à nova executiva. O encontro contou com a presença do prefeito Rubens Bomtempo (PSB).

"Vamos tentar montar uma frente ampla, além da esquerda. Eu dialogo com todo mundo, mas a prioridade, principalmente, é de uma frente que consiga compreender a importância da esquerda estar participando", disse França, que esteve, por exemplo, na posse da nova executiva do PSD.

Nas últimas eleições gerais, a maior parte dos votos de Petrópolis ficou para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Cláudio Castro (PL). Candidatos de esquerda do cenário nacional tiveram pouco apoio. Apesar disso, França acredita que a política local é diferente. Como exemplo, coloca que, nos últimos 20 anos, apenas um prefeito (Bernardo Rossi) não era de esquerda.

"A cidade, mesmo tida como conservadora, não é tanto, quando se coloca o que ela escolhe para representar o município", afirmou.

O PT também tem conversado com movimentos sociais para montar a nominata e buscar uma recuperação do partido na cidade, que pretende conseguir novamente uma cadeira na Câmara. Outra meta é ter 50% das candidaturas femininas. "Temos esses nomes, que já têm uma certa experiência, e também aqueles que temos conversado junto aos movimentos sociais", disse França.