Por Bruno Bacil
Inaugurada há um mês, a Sala Lilás, situada no Instituto Médico Legal de Teresópolis (IML-PRTC-Teresópolis), recebeu, na última quarta-feira (29), a 4ª Promotoria de Justiça Criminal de Teresópolis, que realizou uma fiscalização de funcionamento nas dependências do local. A estrutura foi concebida para oferecer atendimento, acolhimento e realizar perícias nos casos de crimes de violência contra mulheres e crianças. A Promotora de Justiça Fabíola Tardin Costa, encarregada da diligência, constatou a eficácia e a qualidade do atendimento oferecido pelo equipamento.
"A Sala Lilás é exemplo de que os esforços das diferentes instituições de segurança pública, quando irmanados em prol da sociedade, consagram verdadeiro incremento no combate aos crimes violentos cometidos contra mulheres, fato testemunhado por usuárias da Sala Lilás que manifestaram satisfação em serem ouvidas por psicóloga logo após o exame médico pericial em ambiente seguro e acolhedor, demonstrando a importância da fiscalização externa das unidades policiais, exercida pelo Ministério Público em todo o Brasil e a valiosa iniciativa do Projeto Sala Lilás pelo TJ-RJ", disse.
Sala foi criada para atender demanda do município
Durante inspeções semestrais no IML, o MPRJ identificou que vítimas mulheres não estavam sendo atendidas no local para a realização de exames, especialmente os de coleta de material genético em casos de crimes sexuais. Em muitas ocasiões, eram encaminhadas para Nova Friburgo e, muitas vezes, por falta de recursos, acabavam por faltar aos exames agendados. A necessidade de um local humanizado e de fácil acesso para perícias femininas no município despertou a atenção das Promotoras de Justiça Fabíola Costa e Janaína Rettich, titulares da 4ª e 3ª Promotorias de Justiça Criminais de Teresópolis. Após uma inspeção conjunta local, iniciaram-se reuniões com representantes da Polícia Civil, da Secretaria Municipal da Mulher e da Prefeitura para a efetivação desse projeto na região.
Passados um mês desde a sua inauguração, a secretária de Direitos da Mulher, Margareth Rosi, avalia que a sala foi um grande feito para as mulheres e crianças do município. "É a realização do corpo de delito humanizado, que vem acolher as nossas crianças e mulheres vitimas de violência e de abuso sexual. Hoje, Teresópolis acolhe, não só o nosso município, mas também outras cidades".
A Sala Lilás, instalada na antiga sede da delegacia de polícia, fica na Avenida Alberto Torres, 569, Alto, é composta por uma equipe especializada de médicos peritos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, e destina-se à realização de perícias técnicas. Conta com sala de triagem, brinquedoteca, televisão e clínica médica, oferecendo uma estrutura humanizada para a realização de exames de corpo de delito em casos que envolvam crianças ou mulheres, independentemente de estarem ou não em situação de violência doméstica.
