Por: Bruno Bacil

Região Serrana se prepara para período de chuvas

Por Bruno Bacil

Visando a preparação para o período de chuvas do próximo verão, as promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), realizaram na tarde da última sexta-feira (1), uma reunião com representantes das defesas civis municipal, estadual e nacional e outros secretários municipais ligados a estas regiões.

Realizado na sede do MPRJ em Petrópolis, o encontro contou com a presença dos seis promotores de Justiça atuantes na área de Tutela Coletiva dos três municípios, e da procuradora de Justiça Denise Tarin, que realiza trabalho com as vítimas das tragédias na Região Serrana desde 2002. "Estamos fazendo um esforço coletivo para uma atuação integrada e em sinergia", afirmou. O promotor de Justiça Rafael Lemos, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Teresópolis, afirmou que "A Região Serrana é um ponto sensível nacionalmente. Portanto, precisa de um tratamento diferenciado."

Os debates pautaram-se na urgência de medidas coordenadas entre as esferas governamentais, enfatizando a importância da colaboração entre órgãos públicos e comunidades locais. A troca de experiências e a definição de planos de contingência foram aspectos fundamentais do encontro, visando a segurança e proteção da população diante de eventos climáticos extremos. Iniciativa que abarque protocolos preventivos nas áreas de Meio Ambiente, Saúde e Assistência Social. "Essa troca de ideias visa a um processo de parceria, de unir esforços para que possamos exigir do governo o aporte de recursos. Queremos sensibilizar os gestores sobre a importância de uma ação articulada entre os municípios da região", defende Cláudia Condack, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Nova Friburgo.

Presente à reunião, o secretário de Defesa Civil de Teresópolis, coronel Albert Andrade, acredita que o encontro foi uma boa oportunidade para as cidades alinharem forças em uma questão complexa e, além da prevenção e preparação, o grande desafio é conscientizar a população.

"Um trabalho de pesquisa dentro das comunidades da cidade, analisando os comportamentos de todos com os alarmes nos surpreendeu. 90% escutam o alerta e não saem de casa para o ponto de apoio", afirmou. Para ele, uma vez que a população não confia mais nos alertas, o mais importante é conscientizar. "Estamos procurando melhorar os alarmes, atualizando as áreas de risco, trazendo a comunidade para próximo, visando tratar as feridas, uma vez que eles não confiam mais nos alertas. Temos que conseguir trazer de volta a importância dos alertas sonoros".

Ainda segundo o secretário, uma característica comum entre os três municípios, os rios, é um fator que aumenta o risco. "Em todos os municípios que têm rios passando no meio da cidade aumentam a chance de calamidades por conta dos transbordamentos. O Governo Federal instala pluviômetros, para auxiliar nisso, trabalhando na indicação. Em conjunto a prefeitura vem trabalhando nas limpezas de rios e bueiros para diminuir os riscos", afirmou.

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