Por: Leandra Lima

Três Rios monta esquema para frear aumento de casos de dengue

Casos de dengue no Brasil aumentaram 15,8% em 2023 | Foto: Arquivo/Agência Brasil Saúde

Por Leandra Lima

O município de Três Rios está em alerta com o aumento de casos de dengue. Segundo o Boletim sobre o Panorama da Dengue no estado do Rio de Janeiro, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado, região Centro-Sul do Estado, tem a maior parte dos municípios com transmissão da doença acima do esperado, com Três Rios concentrando o maior volume de casos. A Vigilância Ambiental do município registrou até dezembro do ano passado, 1.049 casos suspeitos de dengue, tendo 296 confirmados e 2 infecções por chikungunya.

Segundo o Boletim, além de Três Rios, Itatiaia, Natividade, Italva, Resende, Rio das Ostras, Comendador Levy Gasparian e Porto Real. O índice leva em consideração o número de casos por 100 mil habitantes, que registraram acima de 200 casos.

Combate

Com um alto índice de casos, a Prefeitura de Três Rios montou, na última semana, um esquema para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e Chikungunya. A ação consiste em reuniões semanais organizadas por profissionais da saúde com representantes das secretarias de apoio para monitorar os casos. Além do trabalho de prevenção nos bairros com o carro fumacê, a equipe vai atuar com o inseticida UBV, que segundo eles, é mais eficaz.

O coordenador da Vigilância Ambiental do município, Saulo Paschoaletto, ressaltou que a população pode ajudar a cessar a proliferação do mosquito. "É importante que todos estejam atentos, fiscalize os vasos de plantas, pneus, dentre outros possíveis recipientes que podem acumular água", disse.

Do encontro semanal vão participar representantes da Secretarias de Saúde, Drenagem Urbana e Conservação e de Comunicação. O Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, ficará responsável por dar suporte nos casos mais graves.

Transmissão

Conforme o Ministério da Saúde, o vírus da dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Sintomas

O Ministério da Saúde classifica como principais sintomas da dengue: febre alta; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática e apresentar quadro leve. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizar o extravasamento de plasma ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito.

Prevenção

É recomendado como medidas de proteção individual proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas; usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas.

O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações de até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia; utilizar mosquiteiros sobre a cama e usar telas de proteção em portas e janelas.

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