Por: Leandra Lima

Municípios da região ficam de fora da lista da Qdenga

Ministério alega capacidade limitada de fornecimento | Foto: Rogério Vidmantas/ Prefeitura de Dourados

Apesar de apresentarem alto índice de casos de dengue, as cidades de Três Rios e Petrópolis ficaram de fora da lista dos municípios que vão receber as vacinas contra a dengue do Ministério da Saúde.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Rio, considerando a quantidade de casos por 100 mil habitantes, as duas cidades mencionadas são umas das que se destacam por conta do aumento no número de casos. Nesse início de janeiro, dentro da Região Centro Sul do estado, Três Rios, concentra o maior número de incidência da doença, sendo acima de 200 casos, registrando 281 no total.

Já dentro da Região Serrana, Petrópolis apresentou um aumento de 14,44 de incidências. Em 2023, o município registrou 135 ocorrências de dengue. Os municípios de Teresópolis, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, São José do Vale do Rio preto e Areal, também não receberam este primeiro lote do imunizante, porém, não apresentam índices elevados de transmissão do vírus.

A vacina, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), será aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios, a partir de fevereiro. O processo foi organizado com Conass e Conasems, órgãos representantes das Secretarias de Saúde dos estados e municípios, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Ministério ressalta que a metodologia utilizada teve como ponto de partida os municípios de grande porte, ou seja, população igual ou maior do que 100 mil habitantes, com alta transmissão nos últimos 10 anos. As regiões de saúde nas quais estas localidades estavam incluídas foram selecionadas e ordenadas de acordo com os seguintes critérios: predominância do sorotipo DENV-2 (dezembro/2023) e maior número de casos no monitoramento de 2023/2024.

Público alvo

O MS revelou que o público, em 2024, será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa. O órgão ressaltou que a definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado (27).

O Brasil é o primeiro país a oferecer o imunizante no sistema público. O Ministério da Saúde integrou a vacina contra a dengue no setor em dezembro de 2023.

 

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