Por: Leandra Lima - PETR

Estado atua contra crimes ambientais

Guapimirim vai completar 33 anos de emancipação | Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram, na manhã desta quinta-feira (9), uma operação conjunta de combate a crimes ambientais em área de Mata Atlântica, no município Guapimirim. Durante a fiscalização, cerca de 30 agentes das instituições identificaram uma série de irregularidades, como ocupação irregular do terreno, desmatamento ilegal, intervenção no curso do rio e suas áreas de preservação permanente (APP) e movimentação perigosa do solo na Área de Proteção Ambiental (APA), da Bacia do Rio Macacu. Quatro pessoas foram detidas no local e a multa pode chegar a R$ 200 mil.

Através do monitoramento constante do Programa "Olho no Verde" da Secretaria do Ambiente, que existe desde 2016, os técnicos conseguiram identificar, primeiramente à distância, via satélite e, depois com a utilização de drones, que as irregularidades aconteciam em uma área de 2,42 hectares, cerca de 24 mil metros quadrados. Os agentes encontraram danos ao terreno e risco iminente de deslizamento de terras, causados pela ação ilegal. Dentre os crimes ambientais, estão a supressão de vegetação em área de preservação ambiental e o desvio de recursos hídricos.

Por se tratar de uma área com declividade acima de 45° e vegetação secundária, ou seja, em médio grau de conservação, a área é protegida pela Lei da Mata Atlântica e pelo Código Florestal, o que agrava ainda mais o crime ambiental. No local, os agentes apreenderam uma retroescavadeira, um trator e duas motosserras. Quatro indivíduos foram conduzidos à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente para prestar esclarecimentos.

Como o proprietário não dispunha de nenhum documento de autorização, ou licenciamento ambiental dos órgãos competentes para realizar transformações na área, os agentes da Secretaria, do Inea e das Polícias Civil e Ambiental autuaram o dono do terreno em flagrante delito. As obras foram imediatamente embargadas e, além do pagamento da multa, que pode chegar a R$ 120 mil se for pessoa física e R$ 200 mil, se for pessoa jurídica, o proprietário da área será obrigado a recuperar todo o local, fazendo com que a vegetação retorne ao estágio de origem.

A operação contou com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e faz parte de uma mobilização coletiva do Consórcio de Integração Sul e Sudeste em prol da Mata Atlântica. O proprietário deve responder pelos crimes.