Por: Redação

Políticas de combate à homofobia

Bandeira (LGTB) é hasteada na Embaixada do Reino Unido para marcar o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia, celebrado neste sábado (17) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No Brasil, ser quem se é, amar quem se ama, pode significar colocar a própria vida em risco. Os crimes de violência contra a população LGBT são uma triste e constante realidade, resultado da falta de políticas públicas eficazes para proteger este grupo vulnerável. Dados levantados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontam que entre janeiro a maio de 2024, houve mais de 6 mil casos de violência contra pessoas LGBTQIA e 454 denúncias em todo o Estado do Rio.

A cada ano, as estatísticas mostram um aumento alarmante de ataques homofóbicos e transfóbicos. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das organizações mais antigas de defesa dos direitos LGBTQIA no Brasil, o país segue como líder mundial em crimes de ódio contra essa população.

E os problemas para o enfrentamento deste problema são diversos. Em muitos casos, as vítimas encontram dificuldades para registrar ocorrências nas delegacias devido à falta de preparo ou até mesmo preconceito por parte de agentes de segurança. Programas de treinamento para atendimento à comunidade sobre direitos humanos e sensibilização em relação à diversidade sexual são essenciais. Além disso, a criação de delegacias especializadas e protocolos de atendimento para vítimas de crimes de ódio são medidas urgentes que devem ser implementadas.

A luta contra a violência LGBT é uma questão de direitos humanos básicos. O Estado brasileiro tem a obrigação de proteger todos os seus cidadãos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A omissão diante da violência contra o público LGBTQIA é uma ferida na nossa democracia e no nosso compromisso com a igualdade e a justiça.