Por: Vinicius Barros*

Pesquisadores registram falcão-de-coleira no PNMMT

Falcão-de-coleira foi visto nesta terça-feira (2) | Foto: Vinícius Netto/Coordenador de Pesquisa e Biodiversidade do PNMMT

Por Vinicius Barros*

Na terça-feira (02), foi captada uma fotografia do falcão-de-coleira no Parque Natural Montanhas de Teresópolis. Essa ave ágil e impressionante é essencial para equilibrar o ecossistema, controlando populações de insetos e répteis. Vinícius Netto, biólogo e coordenador de Pesquisa e Biodiversidade do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis (PNMMT), responsável pelo monitoramento de fauna, registrou a presença da espécie. O coordenador destacou que seu último avistamento havia sido no dia 24 de fevereiro deste ano.

O coordenador de Pesquisa e Biodiversidade do Parque explicou que o falcão-de-coleira (Falco femoralis) desempenha um papel crucial como predador no topo da cadeia alimentar, regulando populações de diversas espécies ao se alimentar delas, como insetos, répteis e morcegos, mantendo o equilíbrio ecológico. Essa espécie é comumente encontrada em campos abertos, cerrados, bosques e até áreas urbanas, destacando-se por sua beleza e velocidade em voo, capturando presas como insetos, répteis pequenos, mamíferos e até serpentes peçonhentas como jararacas. Costuma colocar seus ovos em ninhos de outras aves ou em ocos de árvores, com ninhadas de 2 a 3 ovos. A fêmea cuida dos filhotes enquanto o macho provê o alimento.

"O avistamento dessa ave no parque trouxe alegria e senso de dever cumprido, indicando estabilidade e abundância na cadeia alimentar local", disse Netto. O parque está propício para a reprodução, sendo que no local foi avistado um casal, fortalecendo o papel do PNMMT na conservação da biodiversidade, que protege 337 espécies de aves em seus 5.335 hectares de floresta.

Vitor Cunha, mestre em biodiversidade pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro e responsável pelo PNMMT, destaca: "O encontro com espécies como o falcão-de-coleira reforça nossa vocação para observação de aves e confirma a adequação da região para abrigar espécies no topo da cadeia alimentar".

*Estagiário