Por Laís Lima*
Perto de comemorar 66 anos de fundação, a Associação Friburguense de Pais e Amigos do Educando (AFAPE-NF) abre suas comemorações, realizando neste fim de semana o tradicional festejo, só que neste ano na modalidade "agostina". No próximo sábado dia (03) de agosto, a instituição realizará um animado arraiá que contará com várias atrações e deliciosos quitutes. A animação ficará por conta dos grupos Hipinose, Aposta Certa, Enganjados e DJ Cardinot, o evento começará às 13h, a entrada é gratuita, e promete arrastar o povo para uma tarde maravilhosa.
Sobre a AFAPE
A Afape foi fundada no dia 19 de setembro de 1961, por sua benfeitora Olga Magliliano. A instituição foi a precursora no atendimento de pessoas com deficiência na cidade de Nova Friburgo. Atualmente, a instituição atende diretamente um público de 420 pessoas, dividido entre crianças, jovens e adultos, e indiretamente uma estimativa de 1,2 mil pessoas; a instituição ainda conta com uma equipe multidisciplinar que trabalha arduamente em prol do bem-estar de seus usuários.
Claudia Saraiva, que trabalha há 36 anos na instituição, expressou como é trabalhar na Afape. "Sou uma das psicólogas da instituição, entrei aqui em 1988, permaneço esse tempo todo porque amo o que faço. Desde que entrei aqui me apaixonei pelos assistidos, já passamos por diversas adversidades, principalmente em relação a falta de pagamento e repasse de verbas, no entanto, quem ama o que faz, enfrenta todos os obstáculos".
"Estar nesta instituição todos esses anos é algo gratificante, vejo o retorno do trabalho, mesmo que nossa clientela tenha suas questões, respeitamos suas particulares, e por fim, conseguimos ver a evolução nos quadros. O retorno por parte das famílias é algo único para toda a equipe, demonstra que a dedicação, acolhimento e carinho valem a pena. Amor é o que define", finalizou a psicóloga.
A pedagoga Janine Pinheiro, também conta um pouco sobre seu trabalho na instituição há mais de 23 anos. "Logo no início me identifiquei com esse trabalho. Na verdade, prestei vestibular para fazer história, mas como já existia a vontade de trabalhar com pessoas com deficiência, decidi fazer pedagogia. Iniciei na AFAPE, com trabalho voluntário e não saí mais", explica a pedagoga.
"Não me vejo fazendo outra coisa, o carinho que recebemos de nossos assistidos, não há dinheiro que pague. É uma troca genuína e espontânea, aprendemos mais com eles do que eles com a gente", enfatizou Janice.
*Estagiária
