Por: Vinicius Barros*

Intervenções na BR-116 causam congestionamento

Sistema pare e siga provoca longo congestionamento desde a BR-116 até a cidade | Foto: Vinicius Barros

Por Vinicius Barros*

As obras da EcoRioMinas na BR-116, no Soberbo, têm gerado preocupação entre turistas e comerciantes locais devido à alteração do retorno, que antes ocorria no Mirante e agora será transferido para um ponto a 7 km de distância. Segundo a concessionária, a transferência se deu por se tratar de um retorno irregular.

Na segunda quinzena de junho, a EcoRioMinas iniciou a construção de uma barreira New Jersey na BR-116, logo após o Mirante do Soberbo, em Teresópolis. O objetivo, segundo a concessionária, é melhorar a segurança dos motoristas ao eliminar esse retorno, que vinha sendo utilizado apesar das sinalizações proibitivas. Feita de concreto pré-moldado, a barreira foi projetada para separar faixas de tráfego e reduzir a gravidade dos acidentes. As obras estão previstas para serem concluídas em 60 dias.

O maior problema no momento, relatado pelos motoristas, é o sistema de pare e siga que tem gerado filas de carros, com espera de quase 10 minutos para serem liberados, gerando um congestionamento até a cidade. Quem sobe a Serra Rio-Teresópolis consegue fazer o retorno sem problemas, no entanto, os visitantes que pararem no Mirante precisarão utilizar o retorno no viaduto do Meudon. A entrada do Parque Estadual dos Três Picos, é outro problema, porque com as barreiras, abriu a possibilidade de um novo retorno irregular mais a frente na pista.

Na última quinta-feira (08), motoristas relataram que enfrentaram engarrafamento de mais de dois quilômetros no trecho. As obras não funcionam 24 horas, e a pista é liberada por volta das 17h, segundo a EcoRioMinas, com interrupções reduzidas nos finais de semana.

Ao Correio Serrano, a EcoRioMinas ressaltou que suas decisões são fundamentadas no contrato de concessão, destacando que o cruzamento na região não era permitido e apresentava riscos significativos de acidentes, especialmente em dias de neblina. Apesar da sinalização já regulamentar a proibição, a implementação do divisor central se mostrou necessária para preservar vidas.

Há um retorno previsto a 7 quilômetros do local da obra, conforme o art. 37 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A EcoRioMinas também afirma que as obras não impactam o turismo local ou os moradores e que a segurança pública é responsabilidade da PRF. A empresa está planejando futuras intervenções, como faixas adicionais, duplicação e passagens inferiores, para melhorar o fluxo de veículos, para beneficiar moradores e comerciantes da região.

*Estagiário