Campanha de Coleta de DNA para identificar desaparecidos

Coleta poderá ser feita nos postos de perícia de Teresópolis ou Petrópolis

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Iniciativa da Polícia visa ajudar a identificar pessoas desaparecidas em todo o país

Por Vinicius Barros*

De 26 a 30 de agosto de 2024, o Posto Regional de Polícia Técnica e Científica de Teresópolis da Polícia Civil do RJ participará de uma campanha nacional para identificação de pessoas desaparecidas. A iniciativa visa coletar amostras genéticas de familiares e de pessoas desaparecidas para alimentar os bancos de DNA administrados por peritos oficiais.

A coleta de DNA dos familiares será realizada, e as amostras serão processadas no laboratório de genética forense, sendo inseridas nos bancos de DNA locais e nacionais. Esses perfis genéticos são comparados continuamente com o DNA de pessoas vivas ou mortas cuja identidade é desconhecida. O DNA coletado será utilizado exclusivamente para a busca e identificação de pessoas desaparecidas.

Mesmo que os familiares residem em outras cidades ou estados, eles poderão realizar a coleta em diferentes pontos, desde que apresentem a documentação necessária. Para participar, é preciso apresentar um documento de identificação e o boletim de ocorrência do desaparecimento, além de objetos que possam conter material genético da pessoa desaparecida, como escovas de dente ou amostras do cordão umbilical. Crianças também podem participar da coleta, desde que acompanhadas por um responsável legal. Caso a identificação seja confirmada, os peritos elaborarão um laudo e notificarão o delegado responsável pela investigação. A família será informada pelo órgão competente, e os perfis genéticos serão retirados do banco de dados após a identificação.

Importância da Campanha

Luiz Augustus, perito criminal e coordenador do Posto Regional de Polícia Técnico-Científica de Teresópolis (PRPTC-TRS), destacou a importância da coleta de DNA. "Como se sabe, existem inúmeras pessoas desaparecidas e, constantemente, novas pessoas desaparecem. Esta campanha ocorre periodicamente para alimentar um banco de perfis genéticos. O objetivo é que, ao encontrarmos uma pessoa viva ou morta cuja identidade é desconhecida, possamos realizar um confronto de DNA para descobrir sua identidade e devolvê-la aos familiares que a procuram", explica. A campanha está sendo realizada devido à necessidade contínua de atualizar o banco de perfis genéticos.

Augustus acrescentou que a coleta de material genético é crucial para a identificação de pessoas desaparecidas. "Precisamos alertar as pessoas com parentes desaparecidos que ainda não realizaram a coleta para que compareçam aos postos de perícia em Teresópolis ou Petrópolis".

A coleta de DNA será realizada em dois locais na Região Serrana: o Posto de Perícia de Teresópolis, na Avenida Alberto Torres 531, e o Posto de Perícia de Petrópolis, na Avenida Barão do Rio Branco, s/n - Retiro. Augustus detalhou que "a coleta será feita através de um suave oral, um exame indolor e não invasivo, no qual um cotonete é passado na mucosa da bochecha. Também pode ser feita uma coleta de gota de sangue do dedo, mas normalmente realizamos a coleta de células da mucosa oral. Não há impacto da alimentação ou medicação na coleta, e em caso de dúvidas, os postos de coleta estão preparados para esclarecer", disse.

O perito também ressaltou que não é necessário realizar a coleta novamente para aqueles que já participaram de campanhas anteriores ou forneceram DNA em investigações policiais relacionadas a desaparecimentos. "A coleta é para aqueles que ainda não forneceram material genético de entes queridos desaparecidos".

Em caso de dúvidas, os interessados devem procurar os postos de coleta para obter mais informações.

*Estagiário