PT protocola pedido de impugnação da candidatura de Rodrigo Ascoly a vice

O candidato do PT alega que Ascoly não respeitou as regras eleitorais

Por Leandra Lima - PETR

Coligação alega que o afastamento foi insuficiente

Por Isabella Rodrigues*

A campanha eleitoral em Nova Friburgo ganha novos contornos com o pedido de impugnação da candidatura de Rodrigo Ascoly, candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição do atual prefeito Johnny Maycon. O pedido foi protocolado pela coligação Friburgo Pode Mais, liderada por José Alexandre de Almeida, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Em publicação nas redes sociais, José Alexandre explicou os motivos do pedido de impugnação. Segundo ele, "nossa coligação entrou com ação judicial de impugnação da candidatura de Rodrigo Ascoly por falta de cumprimento de prazos, recebimento de salários quando já devia ter saído da prefeitura, entre outros". O candidato do PT alega que Ascoly não respeitou as regras eleitorais, não cumprindo o prazo de desincompatibilização, que é de quatro meses antes das eleições.

Ascoly foi nomeado Secretário de Governo em 2022 e, a partir de 5 de abril deste ano, assumiu também interinamente a Secretaria da Casa Civil após a desincompatibilização de Pierre de Moraes, que se afastou para concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores. Conforme o Diário Oficial, Ascoly entrou de férias em 3 de junho e, ao retornar em 3 de julho, foi oficialmente exonerado. A coligação de José Alexandre de Almeida alega que o afastamento foi insuficiente e que a candidatura de Ascoly deveria ser impugnada.

Em resposta, Johnny Maycon e Rodrigo Ascoly emitiram uma nota pública, na qual acusam a coligação adversária de espalhar desinformação para tumultuar o processo eleitoral. Segundo o comunicado, Ascoly cumpriu todos os prazos de desincompatibilização, e o período de férias é considerado como afastamento, conforme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "A Coligação do PT, Partido dos Trabalhadores, em um tom de desespero está espalhando informações que não procedem, na clara tentativa de tumultuar o pleito eleitoral", diz a nota. "O afastamento do ex-secretário de Governo foi fato público e notório na cidade, com divulgação na imprensa, publicação de portaria no Diário Oficial, inclusive, com indicação daquele que responderia na sua ausência", afirma.