Por: Redação

Celso Jacob está inapto a concorrer ao cargo de prefeito de Três Rios

Candidato cumpre medida que o deixa inelegível por oito anos | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O candidato a prefeito de Três Rios, Celso Alencar Jacob Ramos (MDB), foi considerado inapto a concorrer a vaga nas eleições de 2024, segundo a Justiça Eleitoral. Ou seja, até o momento, o candidato não faz mais parte da corrida eleitoral. A decisão levou em consideração as condenações sofridas por Celso em processos de irregularidades cometidas no período em que exerceu dois mandatos seguidos na prefeitura de Três Rios, entre 2001 e 2008.

Inelegível

As considerações da Justiça foram as denúncias demonstradas pelo o Ministério Público Eleitoral, através da 174ª Promotoria Eleitoral, que destacaram que Celso está em cumprimento de uma medida, que o fez ficar inelegível por oito anos, a contar a partir de 17 de fevereiro de 2023, pelo crime de dispensa irregular de licitação para a construção de uma creche padrão no município. De acordo com o MPE, em 2002, o então prefeito contratou a empresa "Egmar Engenharias e Construções", em 15 de março para realizarem o serviço que tinha um prazo de 180 dias de conclusão, porém as obras não foram finalizadas, e assim um termo aditivo de contrato foi realizado no dia 14 de novembro do mesmo ano, prorrogando o prazo de entrega para 120 dias.

Conforme a promotoria, mesmo com os prazos estendidos a creche não foi entregue, e o contrato com a empresa rescindido em 3 de setembro de 2003. Com isso Celso decretou "Estado de Emergência" planejando contratar outra empresa para dar continuidade na obra, na declaração ele alegou que "a demora na conclusão das obras da creche causaria danos irreparáveis aos cidadãos e às instalações já edificadas", disse.

Outro ponto apresentado pela 174ª Promotoria Eleitoral, foi uma condenação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), relacionada a uma descontinuidade de um projeto que visava a implementação de um aterro sanitário na região. Para tal ação foram repassados R$ 244.800,00 do Governo do Estado por intermédio da então Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMADS), atual Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). Como não houve finalização do projeto e o município não fez a devolução do valor recebido, o ato foi lido como dano ao erário estadual.

O que diz o candidato

Referente ao assunto, Celso disse que vai recorrer da decisão, e afirmou que vai continuar fazendo as campanhas na rua, além de manter a divulgação dos materiais na internet.