Cidades da Região Serrana são as mais seguras do RJ

Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo estão no topo do ranking

Por Gabriel Rattes

Ranking utiliza dados dos indicadores de assassinatos a cada 100 mil habitantes

As cidades de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis são as três mais seguras do estado do Rio de Janeiro, segundo o estudo da 'MySide', que cruza dados oficiais do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo "Cidades Mais Seguras do Brasil", que está na segunda edição, utilizou como principal indicador a quantidade de assassinatos por 100 mil habitantes. No estado do RJ, Petrópolis alcançou o índice 12,4, sendo a mais segura. Nova Friburgo, em segundo, atingiu 18,5 assassinatos a cada 100 mil habitantes e Teresópolis, a terceira cidade mais segura, 22,7. Dentre as 30 cidades mais seguras do Brasil, nenhuma do estado do Rio de Janeiro está na lista.

As demais cidades mais seguras do Estado do Rio de Janeiro são, em ordem: Magé (23); Niterói (24,2); Rio das Ostras (24,8); Campos dos Goytacazes (27,3); Rio de Janeiro (28,2); Maricá (30); e Volta Redonda (31,2). Por critérios de confiabilidade estatística, foram excluídos do ranking os municípios com população inferior a 100 mil habitantes.

No estudo, a cidade mais segura do Brasil foi Valinhos (SP) com 0,9 assassinatos para cada 100 mil habitantes, seguido de Botucatu (1,4) e Tatuí (1,6), ambas de São Paulo. Além disso, o estudo também traz quais são as capitais mais seguras do país, sendo a cidade de Florianópolis a capital mais segura, com um índice de 10. O Rio de Janeiro (RJ) está na 11ª colocação, com 28,2 assassinatos a cada 100 mil habitantes. Em ambos os rankings, também foram excluídos municípios com população inferior a 100 mil habitantes.

Sobre o estudo

O anuário '2024 Cidades Mais Seguras do Brasil' é fundamentado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde. O principal indicador utilizado para classificar as cidades foi a quantidade de assassinatos por 100 mil habitantes. De acordo com a MySide, organizações internacionais - como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) - utilizam essa taxa em seus relatórios, considerando-a fundamental para comparações regionais e temporais.

Para calcular o índice, foram analisados os dados de todos os 1,5 milhões de óbitos ocorridos em 2023 no Brasil, conforme o Painel de Monitoramento da Mortalidade da SVSA. Já quanto aos dados populacionais de cada cidade, foram estimados com base no Censo 2022 e nas estimativas populacionais publicadas pelo IBGE, com data de referência em 1º de julho de 2024.

"É importante reconhecer que, como qualquer pesquisa estatística, há limitações inerentes à base de dados e à ciência estatística que podem causar distorções nos indicadores. Assim, o anuário deve ser utilizado como um guia orientativo, em conjunto com outras informações, para que as conclusões sobre os indicadores sejam devidamente ponderadas", diz a pesquisa.