Atraso nos repasses ameaça maternidade em Três Rios
Situação foi denunciada pela vereadora Bia Bogossian (PSD)
Os serviços de maternidade do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, vinculados ao SUS, em Três Rios, podem ser suspensos por falta de repasses da Prefeitura de Três Rios e do Governo do Estado. De acordo com o documento enviado por Marcelo Coli Fernandes e Denílson de Santa Clara, diretores executivos do hospital, a Prefeitura de Três Rios e o Governo do Estado atrasaram o repasse de R$ 2 milhões. Além disso, ressaltou no ofício que os recursos recebidos pelo contrato firmado com a cidade, gerou um déficit de R$ 20 milhões para 2024.
O serviço de maternidade seria suspenso, a fim de garantir um reequilíbrio nas contas do hospital. As reuniões entre os envolvidos acontecem há pelo menos um ano. O contrato foi assinado em março de 2023 por um valor superior a R$ 45 milhões por um período de um ano. Em fevereiro deste ano o contrato recebeu um aditivo para a continuidade dos atendimentos prestados, por mais três meses.
No dia 29 de maio, um segundo aditivo foi assinado, prorrogando o serviço até agosto, mas não há a informação sobre o valor de renovação do serviço, já que não consta no portal da transparência da Prefeitura, outro anexo, referente aos meses de setembro, outubro e novembro. O contrato com o hospital termina no próximo dia 24 de novembro. Após a reunião no Conselho Municipal de Saúde, a vereadora Bia Bogossian (PSD), abordou a situação e o risco de suspensão dos serviços, durante uma sessão na Câmara Municipal, na última quinta-feira (31). "Estive na reunião no conselho na última quarta-feira (30) e o diretor da unidade alegou que estão nas tratativas por um ano e o município precisa resolver essa questão, porque não podemos ter um retrocesso na saúde", alegou na sessão.
Uma audiência pública foi agendada para a próxima quarta-feira (06), e a Secretaria de Saúde foi convidada, mas até o momento não confirmou presença. A prefeitura de Três Rios e o Governo do Estado foram questionados sobre o atraso nos repasses, mas até o momento, não se pronunciaram. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro também foi questionado e informou que está apurando o caso.