Por: Leandra Lima - PETR

Janeiro Roxo: Secretaria de Saúde de Nova Friburgo alerta sobre Hanseníase

A cidade possui seis pacientes em acompanhamento | Foto: SMS de Mesquita/RJ

Durante todo este mês é celebrado o Janeiro Roxo, campanha do Ministério da Saúde para conscientizar e combater a Hanseníase, antigamente conhecida como Lepra. A campanha, realizada anualmente, visa alertar a população sobre a doença e promover a prevenção.

Atualmente, Nova Friburgo possui seis pacientes em acompanhamento, mantendo em 100% o número de possíveis contatos examinados de hanseníase, superando, inclusive, a meta nacional.

O Programa Municipal de Controle de Hanseníase capacitou cerca de 100 profissionais da assistência, entre 2023 e 2024, entre eles, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, agentes comunitários e outros, que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a fim de ampliar o diagnóstico e tratamento da doença.

Diante de um sinal ou sintoma suspeito da Hanseníase, o indicado é procurar a UBS mais próxima para avaliação inicial e, caso necessário, a pessoa será encaminhada ao Programa Municipal de Controle de Hanseníase, que funciona na Policlínica Centro de Saúde Sílvio Henrique Braune (Suspiro), sala 43.

Hanseníase

A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica e contagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão ocorre principalmente por meio de vias respiratórias, através de contato próximo e prolongado com uma pessoa doente que não esteja sendo tratada.

Alguns dos principais sintomas da hanseníase são:

- manchas na pele, que podem ser esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas;

- alteração de sensibilidade ao tato, dor ou temperatura;

- formigamentos, câimbras ou choques nos braços e pernas;

- dormência que pode levar a queimaduras ou machucaduras sem perceber.

A Hanseníase tem cura, mas pode ser incapacitante se não for tratada. O tratamento, via oral com a associação de dois a três medicamentos, é realizado nos serviços de saúde da rede municipal, gratuitamente e sem necessidade de internação. Os pacientes positivos podem conviver normalmente com seus familiares, colegas de trabalho e amigos, podendo permanecer em sociedade sem nenhuma restrição.

A duração do tratamento varia entre seis e 12 meses, dependendo da forma clínica da doença. Após as primeiras doses o paciente já não transmite mais a doença. O diagnóstico é feito por um clínico geral ou dermatologista, através de exame da pele e dos nervos. É importante que pessoas que residem com o paciente também procurem atendimento médico, pois têm mais risco de adoecer.