Folia de Reis 'Estrela Guia' leva tradição da manifestação cultural para Teresópolis

Grupo mantém viva a tradição da manifestação cultural desde 1982, quando foi criado

Por Redação

Fazer artístico é tombado como patrimônio imaterial

Os visitantes da popular Feirinha de Teresópolis, no bairro do Alto, foram surpreendidos no domingo (05), pela apresentação da "Folia de Reis Estrela Guia", a única em atividade no município. O espetáculo foi organizado pela da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a Associação de Fomento Turístico e Desenvolvimento Sustentável (Tereviva).

Patrimônio Cultural

Tombado como patrimônio imaterial do Município, o grupo mantém viva a tradição da manifestação cultural desde 1982, quando foi criado. Com trajes na cor azul e acessórios típicos, os cantadores e instrumentistas entoaram versos, lembrando a visita dos Reis Magos ao Menino Jesus nesta tradicional festividade cultural religiosa.

"Em 2010, realizamos um encontro com a participação de 22 Folias de Reis de vários municípios em Teresópolis. Desde então, essas apresentações acontecem com regularidade na nossa cidade. É o resgate de uma manifestação cultural em extinção. E neste domingo, incluímos a Feirarte no roteiro da Folia Estrela Guia, que se apresentou na Igreja de Santo Antônio, no Alto, e na Matriz de Santa Teresa, no centro da cidade", relatou o Secretário Municipal de Cultura, Wanderley Peres, acompanhado do subsecretário Arnaldo Almeida.

A secretária municipal de Turismo prestigiou o espetáculo. "A Folia de Reis é uma manifestação que encerra as festividades de Natal. É uma tradição do município que muitos ainda não conhecem e que agrega valor à Feinha", pontuou Nina Benedito, junto com o subsecretário de Turismo, Rafael Canto, o subsecretário de Eventos, Adilson Jr., e o subsecretário de Projetos Especiais, Nicholas Freire.

Tradição familiar

A Folia de Reis Estrela Guia do bairro Cruzeiro, no 2º Distrito, é uma tradição que vem sendo mantida viva pela família do mestre Reginaldo da Silva Lopes. Filho de Francisco de Lima Lopes, mestre de Folia de Reis na década de 1950, Reginaldo ficava deslumbrado ao ouvir o tio contar histórias sobre como era a folia de seu falecido pai. O desejo de dar continuidade cresceu no seu coração e hoje a família se mantém unida nas apresentações.

"Somos uma folia que reúne três gerações da família. É uma satisfação muito grande mostrar às pessoas que esta tradição da cultura popular não acabou", concluiu o mestre Reginaldo.