Por Leandra Lima
O Estado do Rio de Janeiro enfrenta uma baixa adesão à vacina contra o Papilomavírus Humano, mais conhecida como HPV, recomendado para o público-alvo de nove a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), o Rio, está entre os cinco estados, com os maiores índices de adolescentes não vacinados, sendo 54% dos jovens sem o imunizante. Esse cenário se repete nos municípios de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, localizados na Região Serrana, que desde de 2024 enfrentam uma dificuldade para alcançar 90% de imunização de todo o grupo recomendado.
Cobertura vacinal
Apesar do panorama, Petrópolis em 2024, conforme dados do MS, foi uma das cidades que quase alcançou a meta Nacional para uma parcela do público feminino, fechando o ano passado com uma cobertura de: 93,81% correspondendo à meninas de 10 anos; 109, 49% para o grupo de 13 anos e 93, 98 % para as adolescentes de 14 anos. As demais idades, nove (74,3%), 11 (81,09%) e 12 (87,26%) não bateram a meta. Nesse sentido, nenhuma parcela masculina atingiu 90%. Na média geral, a cobertura do grupo feminino ficou em 74,33%, já o masculino 54,85%.
Os menores índices são registrados em Teresópolis e Nova Friburgo. Nos dois municípios, a adesão maior também foi pelo público feminino. Em Terê os maiores picos foram entre as idades de: 10 (67,92%), 11 (74,87%), 12 (62,30%) e 13 (70,01%). Novamente o masculino ficou abaixo, tendo o maior registro no grupo de 13 anos, com a cobertura de 59, 73%. Na média geral, a cobertura do público feminino ficou em 48,72%, já o masculino 34,81%. Friburgo se manteve linear entre as idades recomendadas (9-14), mantendo uma cobertura entre as meninas acima de 50% e abaixo de 63%. Já os meninos oscilaram entre 34,15% e 59,67%. No geral bateram 54,17% no grupo feminino e 34,15% no masculino.
HPV
Papilomavírus Humano (HPV) está associado a casos de câncer de útero e de outros tipos de câncer, que podem atingir homens e mulheres. Também é um vírus, que pode ser adquirido através de relações sexuais. De acordo com o ministério, o HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais, ou apresentar manifestações não visíveis a olho nu.
O órgão reforça a importância da vacinação no período adequado para, ressaltando ser um dos melhores métodos de prevenção. As vacinas também estão disponíveis para o grupo de pessoas entre 15 a 45 anos, que tenham sofrido algum tipo de violência sexual ou que não completaram o ciclo vacinal em campanhas anteriores.
