Por Leandra Lima
Durante o mês de fevereiro, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro constatou que houve uma incidência maior nos casos de dengue em três municípios da Região Serrana. Sendo eles Carmo, Cantagalo e São Sebastião do Alto. Esse fato coloca a região em estágio de nível 2, classificação da secretaria que ressalta o perigo iminente, pois houve uma ocorrência maior entre cinco a dez vezes do arbovírus.
Carmo é a cidade que possui mais casos, sendo 1.209 por cem mil habitantes. Em seguida, São Sebastião do Alto, com 645 , por cem mil habitantes. E Cantagalo com 417 por cem mil habitantes. A análise mostra que a dengue também avançou na Região Metropolitana I. Em todo o Estado o cenário é o mesmo, mas as regiões mencionadas, são as mais críticas. A parcela total estadual registrou 9.666 casos prováveis, 445 internações e três mortes confirmadas pela doença, o dobro do mesmo período de 2023.
Em janeiro, o município de Nova Friburgo, também localizado na Serra, estava em alerta, após o mesmo constatar que de 61 localidades, 41 apresentaram considerável densidade vetorial, com 26 em alto risco (risco de surto), 15 em médio risco (alerta) e apenas uma em baixo risco (satisfatório), para o vírus. Com isso, o estado enviou um auxílio técnico da vigilância ambiental, o mesmo foi enviado à Teresópolis. Paraíba do Sul, também recebeu a ajuda, porém focado em apoio ao centro de hidratação e ao controle vetorial.
Dengue
Conforme o Ministério da Saúde (MS), o vírus da dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à infecção, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Sintomas
O Ministério classifica como principais sintomas da dengue: febre alta; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. No entanto, a infecção pode ser assintomática e apresentar quadro leve. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizar o extravasamento de plasma ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave.
Prevenção
A população deve ficar alerta aos focos que, de acordo com a Secretária de Saúde do Estado, podem estar em caixas d'água, calhas, galões, poços e locais que armazenam águas de chuva. E também em recipientes como pneus, pratos de xaxim, garrafas e baldes.
É recomendado como medidas de proteção individual proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas; usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas.
