Transporte provoca queixas

A empresa Itapetinga, que opera como Princesinha do Vale, e assumiu a concessão do transporte público de Resende, em março deste ano, está deixando a desejar nos serviços que presta à população. As reclamações vão desde a retirada de algumas linhas de circulação a até a forma como os usuários do transporte são tratados.

-A administração da empresa Princesinha do Vale retirou um ônibus que faz a linha 215/285. Antes, eram dois ônibus rodando em ambas as linhas agora e só 1 ônibus - disse uma moradora de Resende.

Nem mesmo a ouvidoria da empresa de ônibus escapa: "Quero deixar minha indignação com a ouvidoria da Viação Princesinha do Vale, mas fui atendida com uma certa ignorância e desligaram o telefone na minha cara. Só quero lembrar para os responsáveis da empresa que a prioridade de qualquer empresa deve ser os usuários", disse uma outra moradora.

Ela foi além e ressaltou que o valor da passagem - R$ 4,40 - não é tão ínfimo. "A passagem não é tão barata assim,tenho o direito sim de reclamar até por que se para elogiar eu também ligo, concluiu.

O valor das passagens municipais em Resende foi fixado em R$ 4,40, quando a Princesinha do Vale assumiu o serviço. O último reajuste da passagem em Resende ocorreu em fevereiro deste ano. Na época, a Justiça determinou à prefeitura que aumentasse a tarifa de R$ 4,00 para R$ 4,25 - uma diferença de 5,78% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja: a população arca com dois aumentos somente este ano.

Com pompa

A circulação do primeiro ônibus da viação foi comemorado pelo prefeito Diogo Balieiro que, na época, afirmou que a maior angústia da população resendense quanto ao transporte público tinha sido encerrada. A empresa ganhou a concessão por 20 anos.

Em maio, dois meses após a assinatura do contrato entre a empresa e o governo municipal, prefeitura divulgou que os veículos da nova frota eram 100% zero km, até mesmo os carros que foram destinados à zona rural.

-Todos foram produzidos utilizando o sistema Euro 6, regido pelos princípios da sustentabilidade. A produção deste tipo de veículo utiliza a tecnologia de um conjunto de normas regulamentadas, tornando menos poluentes; eficiência energética potencializada, resultando no menor consumo de combustível; conformidade com regulamentos ambientais, dentre outros benefícios- informou a prefeitura, quando a empresa começou a operar.

O prefeito exaltou a empresa: "É com muita felicidade que conseguimos encerrar essa pendência antiga e angustiante da população resendense. Nossa cidade tinha sérios problemas no transporte público e conseguir superar este desafio é muito gratificante. Saber que os moradores podem confiar no novo sistema de transporte público de Resende me deixa muito feliz. Ainda, a nova concessionária aproveitou a grande maioria dos funcionários da antiga empresa. Mas, claro que ainda estamos em um período de adaptação e conferência dos possíveis problemas que possam aparecer, visto que é uma empresa nova em processo de conhecimento dos itinerários municipais. Pedimos paciência dos moradores e reforçamos que temos muitos motivos para comemorar", disse Diogo Balieiro.

O Correio Sul Fluminense pediu informações à assessoria de imprensa da prefeitura sobre as reclamações, mas não obteve resposta até o fechamento desta edicação.