Eletronuclear tem simulador em realidade virtual

A tecnologia de ponta está revolucionando o treinamento e aprimorando a segurança

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Eletronuclear desenvolve simulador em realidade virtual

A Eletronuclear desenvolveu o primeiro simulador em realidade virtual da América do Sul para operadores nucleares. A tecnologia de ponta está revolucionando o treinamento e aprimorando a segurança e a disponibilidade de energia fornecida pela central nuclear de Angra dos Reis.

Os operadores se dividem entre aqueles que atuam na sala de controle das usinas nucleares e os que atuam diretamente no campo, os chamados operadores de área, que trabalham presencialmente em determinadas instalações físicas. Entre elas, estão os edifícios do reator, de sistemas elétricos, do turbogerador e da tomada d'água.

Todos se empenham para manter o funcionamento dos diversos sistemas das usinas e passam por treinamentos para lidar com situações operacionais e de emergência, de modo a prevenir acidentes que coloquem o meio ambiente e a população em risco e garantir a geração de energia das usinas.

"A nova tecnologia contribui para que conheçam as manobras mais delicadas na prática, antes de entrar na usina nuclear, complementando o treinamento já existente", explica o instrutor do simulador de Angra 2, Gustavo Pinheiro, que desenvolveu o projeto com o apoio de vários empregados da empresa.

Além disso, tanto Angra 1 quanto Angra 2, localizadas na Costa Verde fluminense, já contam com simuladores que são réplicas fiéis de suas salas de controle e servem para a preparação e requalificação dos operadores que atuam nesse ambiente. O simulador virtual é capaz de potencializar e dar continuidade aos treinamentos práticos desses profissionais.

A função dessa nova ferramenta de Angra 2 é simular a operação de uma das atividades delicadas realizadas na sala das bombas de água de refrigeração principal, responsáveis por conduzir a fonte fria (água do mar) para os condensadores, que transformam o vapor d'água na saída das turbinas em água líquida.

"É possível reproduzir possíveis falhas previstas no manual de operação. Tudo é feito de tal forma que o especialista se sinta, de fato, operando o equipamento, experimentando os desafios da tarefa, como lidar com som ambiente, localização física de instrumentos e funcionalidades do painel. Isso complementa a preparação daqueles que já tinham acesso ao simulador físico, assim como contribui para o treinamento e requalificação dos operadores de área", conta Pinheiro.