Por: Lanna Silveira

Transporte coletivo em Resende gera reclamações

As rotas da Viação Princesinha do Vale ainda não alcançam áreas rurais da cidade | Foto: Douglas Pacheco

Lanna Silveira*

Moradores de Resende reclamam da circulação de ônibus nas áreas rurais e também em alguns bairros, principalmente em horários de pico. Segundo eles, mesmo com a entrada da empresa Itapetinga, vencedora da licitação do transporte público em Resende, que começou a operar em maio, determinados problemas persistem, como a falta de horários para certas localidades. Com o nome Princesinha do Vale, a viação substituiu a São Miguel, alvo de críticas também. Com a troca de empresas, a passagem aumentou de R$ 4,25 para R$ 4,40. Uma parte do valor é subsidiado pela prefeitura. O contrato com a prefeitura de Resende foi assinado no dia 9 de março e prevê que a nova empresa fique responsável pelo serviço pelos próximos 20 anos.

Vivian Cunha, moradora do município e que utiliza os ônibus diariamente, aponta que a circulação dos veículos é menor em regiões rurais, e que alguns bairros passam horas sem que nenhum ônibus passe. Vivian também enfatiza que a nova empresa não modificou as rotas seguidas pelos ônibus e isso gera superlotação em horários de pico.

A moradora afirma que as rotas são um ponto de reclamação entre os passageiros desde a gestão da empresa São Miguel, e que deveriam ser repensadas devido ao crescimento da cidade. Ela também sugere que a atual viação estabeleça uma circulação maior de ônibus em horários em que há grande fluxo de passageiros.

Já Octávio Assis classifica a qualidade do transporte público atual como "excelente", destacando a segurança oferecida pelos novos veículos, além de elogiar a instalação de conexão Wi-Fi nos ônibus. Para Octávio, o aumento de R$ 0,15 no valor da passagem está compatível com as melhorias entregues pela nova empresa.

De acordo com um representante da Viação Princesinha do Vale, as rotas adotadas pela empresa foram elaboradas por um estudo da Prefeitura, incluído no edital de concessão do serviço de transporte municipal. Ele explica que a alteração dos trajetos seria feita no caso de uma solicitação da Superintendência de Transporte e Trânsito da cidade. O funcionário também explica que a distribuição de ônibus pelos bairros depende da demanda de passageiros de cada região.

A equipe da viação garante que monitora todo e qualquer tipo de problema, se empenhando em resolvê-los da melhor maneira possível.

Se por uma lado os passageiros reclamam dos serviços, por outro a prefeitura anunciou em agosto com toda pompa que que todos os ônibus da frota passariam a oferecer acesso gratuito à rede Wi-Fi. Para se conectar, os passageiros precisam buscar o nome da rede Wi-Fi no celular, "Princesinha", seguido pelo número de prefixo do veículo. Mas para isso, é preciso fazer um cadastro de dados pessoais, incluindo nome, e-mail e data de nascimento para usar a conexão.

*Estagiária

 

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