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Black Friday: Consumidores devem agir com muita cautela

Bruno Dore, economista e PhD em Finanças | Foto: Divulgação

Em novembro, praticamente todos os setores da economia promovem campanhas de descontos e ofertas tentadoras. Neste mês, é possível obter descontos de itens alimentícios até eletrônicos. Também é comum vantagens ou promoções nos setores de vestuário, materiais de construção, educação, veículos e mobiliários, além de diversos serviços. O economista, PhD em Finanças e professor do curso de Administração da Estácio, Bruno Dore, destaca a importância do uso consciente dos recursos disponíveis neste período.

Dore ressalta que, neste fim de ano, muitos trabalhadores e famílias têm um volume adicional de dinheiro, especialmente provenientes do décimo terceiro e das férias. No entanto, ele alerta para a necessidade de uma escolha cuidadosa de como gastar esse recurso, evitando gastos em itens supérfluos ou desnecessários. "O consumidor tem que ser bastante consciente na hora dos seus gastos para que esse recurso que ele tem, que é fruto do trabalho dele de um ano, não seja gasto em coisas supérfluas ou que ele nem está precisando", destaca o professor.

O professor da Estácio aponta para as "tentações" dentre as promoções, como levar dois produtos pelo preço de um ou dividir a compra em várias vezes. Ele afirma que essas ofertas podem induzir o consumidor a gastar em itens que não são essenciais e que muitas vezes terão impacto financeiro a longo prazo. "Não que os consumidores não devam realizar alguns gastos ou aproveitar uma ou outra promoção, mas eles têm que ser conscientes e pensar que esses recursos podem ser investidos pessoal ou patrimonialmente".

Dore sugere que, ao invés de gastar impulsivamente, os consumidores considerem investir esses recursos em outros setores como educação e desenvolvimento pessoal. Cursos de graduação, pós-graduação ou outras formas de aprimoramento podem trazer benefícios mais duradouros frente às compras momentâneas. "É importante pensar que esses recursos podem servir para um investimento na carreira, trazendo benefícios ao longo dos próximos anos. Investir em conhecimento e na própria carreira pode resultar em retornos futuros, como promoções no trabalho ou novas oportunidades profissionais". O professor enfatiza que o consumidor consciente não apenas evita gastos que não trazem benefícios a longo prazo, mas também pode se beneficiar ao investir em si mesmo.

 

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