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Operários da CSN aprovam renovação do acordo do turno

Empregados da CSN votam pela manutenção do turno de 8 horas de revezamento | Foto: Ana Luiza Rossi

Os metalúrgicos da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) aprovaram, em votação realizada nesta quinta-feira, dia 30, na Praça Juarez Antunes, a proposta pela manutenção do turno de revezamento de 8 horas. A votação durou o dia todo e foi encerrada às 17 horas.

Os votos favoráveis somaram 1.662; os contrários 1526; um nulo e 45 em branco. A votação aconteceu justamente no dia que vence o acordo assinado entre o sindicato e a empresa, que vigora durante dois anos. Agora, ele será renovado por mais 48 meses.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Edimar Miguel, afirmou ao Correio Sul Fluminense que a vontade dos trabalhadores será respeitada. "A vontade do trabalhador é a mesma do sindicato, que respeita a decisão independente de qual seja. A vontade do trabalhador é a nossa vontade", disse Edimar.

Pela proposta aprovada, os metalúrgicos irão receber um abono de R$ 4.000, que será pago no dia 8 de dezembro e R$ 1.000 extras no cartão de alimentação, que serão liberados dentro de cinco dias úteis.

A outra proposta que foi rejeitada previa abono de R$ 5 mil, mas somente uma parte será paga em dinheiro: R$ 2,5 mil e o restante entraria como crédito no cartão-alimentação, em duas parcelas.

A campanha pelo turno dos empregados foi marcada por pressão. A primeira proposta aprovada pela empresa foi rejeitada e duas novas contrapropostas foram feitas, com a forma de pagamento parcelada, piorando ainda mais a oferta para que os metalúrgicos mantivessem o atual turno.

Edimar Miguel fez uma intensa defesa pelo turno de seis horas na Usina Presidente Vargas, marco da revolução industrial no país, com sede em Volta Redonda.

Edimar ressaltava que o atual turno de 8 horas não é vantajoso para os empregados e que o turno de seis horas abriria novas oportunidades de emprego. Nossa posição para o turno ininterrupto de revezamento é pela jornada de 6 horas. "Não vamos permitir mais perdas para os metalúrgicos".

-Nos preocupamos com a saúde do trabalhador, principalmente nessa alternância de horário de trabalho, que reduz o tempo em que ele desfruta do convívio com seus familiares. Além disso, tem o cansaço, Apenas esse ano três acidentes fatais ocorreram na CSN - disse Edmar, durante a mobilização da categoria.

Além disso, o sindicato chegou a fazer uma audiência na Câmara Municipal de Volta Redonda, no início de outubro, com a participação de outros sindicatos e de trabalhadores.

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