Represa do Funil inicia etapa de Plano de Ação de Emergência

Finalidade é definir ações a serem tomadas em casos de crise e monitorar barragem

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Estruturas da barragem da Usina de Funil também são monitoradas, inspecionadas e fiscalizadas periodicamente

O fenômeno El Niño que continuará influenciando o tempo no mês de novembro, segundo os principais institutos de meteorologia, levou à implantação do PAE (Plano de Ação de Emergência) da Usina Hidrelétrica de Funil, responsável pela Represa do Funil, em Resende. O trabalho será feito pela Eletrobras Furnas em conjunto com as Defesas Civis Municipais do Médio Paraíba e a do Estado do Rio.

A finalidade do plano é estabelecer as ações a serem executadas em situação de emergência. O coordenador do PAE pela Eletrobras Furnas, Cristiano Simão, ressalta que o PAE é exigido por lei, com o objetivo de proporcionar mais segurança para a população. Segundo ele, as estruturas da barragem da Usina de Funil são constantemente monitoradas, inspecionadas e fiscalizadas.

Construída no Rio Paraíba do Sul no local conhecido como "Salto do Funil", ela começou a operar em 1969 e, um ano e meio depois, já fornecia ao sistema elétrico sua capacidade total de 216 MW. "O empreendimento opera normalmente, com status normal de segurança, sem qualquer anomalia que implique em risco para a usina ou para as comunidades do entorno", diz Simão.

Apesar de possuir uma potência instalada inferior às demais usinas da Empresa, a Usina de Funil tem grande importância para o Sistema por estar entre os grandes centros dos Estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo.

O PAE será implantado em etapas. A primeira é o cadastro dos moradores das ZAS (Zonas de Autossalvamento), áreas próximas ou sob influência direta da barragem, pontos de Itatiaia e Resende logo a jusante do barramento.

Estima-se que a população diretamente envolvida seja de 17.431 pessoas, o que será confirmado posteriormente em cadastramento, que vai servir para conhecer e quantificar os vizinhos do empreendimento, planejar a evacuação, estabelecer pontos de encontro, além de identificar moradores com dificuldades de locomoção ou necessidades especiais.

A fase seguinte é a instalação de sinalização, demarcando rotas de evacuação e pontos de encontro, mostrando a direção a seguir, no caso de uma evacuação de emergência. Por último, serão implantadas torres de alarme sonoro para compor o sistema de comunicação e alerta do PAE, que será usado para o empreendedor se comunicar, de forma rápida e direta, com toda a população situada nas ZAS.

Segundo a Usina de Funil, serão instaladas 28 torres de alarme sonoro nos municípios de Resende e Itatiaia e, depois de tudo instalado e funcionando, será realizado simulado com a população dos municípios da região, para que todos saibam os procedimentos a serem seguidos em uma situação de evacuação de emergência.