Operários da CSN recusam proposta para manter turno
Abono de R$ 5 mil oferecido pela empresa também foi rejeitado
Os trabalhadores da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) recusaram a proposta para a renovação do acordo de turno de 8 horas por mais dois anos. No total votaram 2.654 metalúrgicos, sendo 1827 votos não, 824 votos sim, um branco e dois nulos.
A votação aconteceu nesta terça-feira, dia 21, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, durante todo o dia. A empresa ofereceu aos empregados uma bonificação no valor de R$ 5 mil para manter o acordo, que termina no próximo dia 30.
Representante da CSN Izaias Carius da Cunha Filho, coordenador de Recursos Humanos, trabalhadores e diretores sindicais participaram da apuração.
Após o resultado, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Edimar Miguel, já notificou a empresa do resultado.
"Agradeço a confiança de cada trabalhador e trabalhadora que esteve hoje na praça para votar e dizer não a proposta da empresa. Agora vamos pedir uma reunião para conversar sobre a implantação do turno de 6 horas", destacou Edimar.
Turno de seis horas
O sindicalista defende o turno de seis horas e fez uma intensa campanha entre os operários da Usina Presidente Vargas, marco da revolução industrial no país, com sede em Volta Redonda.
Edimar Miguel afirma que o atual turno de 8 horas não é vantajoso para os empregados, nem o abono salarial de R$ 5 mil, que acabou sendo recusado também. Edimar ressalta que o turno de seis horas abre novas oportunidades de emprego. Nossa posição para o turno ininterrupto de revezamento é pela jornada de 6 horas. "Não vamos permitir mais perdas para os metalúrgicos".