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Espécie de tartaruga marinha ameaçada reaparece

Eretmochelys imbricata, conhecida como Tartaruga-de-pente | Foto: Divulgação Programa Tartaruga Viva

Uma surpreendente e rara visita foi registrada pelo Programa Tartaruga Viva, da Eletronuclear em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A espécie Eretmochelys imbricata - conhecida como Tartaruga-de-pente - estava na localidade da Piraquara de Fora, em Angra dos Reis, e não era observada pela equipe há mais de sete anos.

O animal está classificado como criticamente em perigo, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). “Esta é uma espécie ameaçada. Por isso, encontrá-la nesta localidade é um grande feito. É motivo de muita comemoração e reflexão. Cada vez mais precisamos de programas como o nosso, que preservem, urgentemente, a vida marinha”, pontua a co-coordenadora do programa, Mônica Dias.

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Eretmochelys imbricata, conhecida como Tartaruga-de-pente | Foto: Divulgação Programa Tartaruga Viva

A tartaruga foi examinada pela equipe e estava em boas condições de saúde. O diagnóstico aconteceu no dia 24 de novembro, no terceiro dia de amostragem populacional realizada pelo projeto na região. A ação tem como finalidade realizar o monitoramento da saúde de populações de tartarugas marinhas na área de abrangência do programa, no entorno da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

Sobre a espécie

A Tartaruga-de-pente habita os mares tropicais e ocasionalmente subtropicais, dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, encontrando seu lar em recifes e costões rochosos. Com tons marrom-amarelados, uma cabeça estreita e um bico semelhante ao de um falcão, essa espécie se alimenta de esponjas, corais e algas, explorando fendas dos recifes.

Sobre a iniciativa

Fruto do licenciamento ambiental da CNAAA, o Programa Tartaruga Viva tem dez anos de atuação, e é responsável pelo monitoramento de tartarugas marinhas na área de influência das usinas nucleares, na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis e Paraty. Entre as atividades realizadas pela iniciativa estão educação ambiental na região, coleta de dados sobre esses animais, registro de ocorrência de encalhes, determinação da causa da morte de algumas espécies, além do resgate e atendimento veterinário de tartarugas resgatadas. Para desempenhar o trabalho, o programa conta com o apoio da população, que pode acionar a equipe ao encontrar uma tartaruga marinha viva ou morta, encalhada na praia ou boiando no mar, através do telefone 0800-204-4041.

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