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Hospital apura atendimento após invasão de veículo no pronto-socorro

Jéssica estava visivelmente alterada em vídeo | Foto: Divulgação

A direção do Hospital de Emergência, em Resende, vai instaurar uma sindicância para apurar a conduta médica durante o atendimento de uma paciente, de 28 anos, com diversas comorbidades, ocorrido na quarta-feira, dia 20. Em uma cena inusitada, Jéssica Luzia Paixão da Conceição, de 32 anos, invadiu, aos gritos, a recepção do hospital, com o próprio carro e a irmã no porta-malas. O vidro da recepção ficou completamente destruído, deixando o chão do hospital coberto por estilhaços. Houve tumulto e corre corre, e ninguém ficou ferido gravemente. A paciente passou por uma cirurgia por conta de uma fratura e continuava internada até esta quinta-feira, dia 21. A unidade não deu nenhuma previsão de alta.

A 2ª Vara Criminal da Comarca de Resende estipulou fiança no valor de R$ 2,6 mil para Jéssica Luzia Paixão da Conceição. A fiança foi definida, segundo a decisão judicial, com o objetivo de minorar os prejuízos causados à unidade de saúde.

A mulher, que teria sido mantida algemada durante a audiência de custódia, recebeu liberdade provisória com fixação de medidas cautelares, além da suspensão provisória de sua Carteira Nacional de Habilitação.

Ela tem o prazo de dez dias para entregar comprovante de residência no Cartório da Vara Criminal ou na Defensoria Pública; deve comparecer ao Juízo a cada dois meses para informar e justificar suas atividades; está proibida, por qualquer meio de comunicação, de manter contato com testemunhas e vítimas; não pode se ausentar de Resende por mais de sete dias sem que haja autorização judicial, salvo por motivo de trabalho devidamente comprovado e manter atualizado o endereço, comunicando imediatamente à Justiça em caso de mudança de residência.

Se descumprir as medidas, ela poderá ter decretada sua prisão cautelar.

O caso é conduzido pelo delegado Michel Floroshck. Segundo ele, Jéssica demonstrou descontrole emocional durante o depoimento.

O caso

A decisão de Jéssica levar a irmã no porta-malas do carro e invadir o hospital teria ocorrido porque a central de atendimento do Samu teria informado que demoraria para buscar a paciente, que precisa de transporte especial, pois tem obesidade. Foi a segunda vez que o Samu foi acionado no mesmo dia. Pela manhã, a paciente foi ao hospital por causa de uma queda que sofreu e, após ser medicada, obteve a liberação para voltar à sua residência. Mas, ao chegar em casa, continuou sentindo dores e a família chamou então o Samu novamente.


Diante da resposta da central de ambulância, Jéssica colocou a irmã no veículo e chegou a dirigir com o porta-malas aberto na Via Dutra, a caminho do pronto-socorro, o que chamou a atenção de motoristas que chegaram a filmar a situação.

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