Por:

Sete suspeitos invadem sede da INB em Resende

Fábrica de Combustível Nuclear em Resende | Foto: Divulgação

A sede da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), em Resende, foi invadida na segunda-feira, dia 1, por um grupo de sete suspeitos: um jovem, de 20 anos, e seis adolescentes, com idades de 15 a 17 anos. Um inspetor de segurança da unidade chamou a PM, que deteve o grupo. Uma parte do grupo estava em uma estrada perto da indústria e os outros foram encontrados em uma área de mata.

Uma câmera de segurança foi danificada e outra furtada pelos suspeitos da invasão, ocorrida no prédio do Centro de Treinamento da INB. O jovem de 20 anos foi encaminhado para a sede da Delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda, já que a área invadida é de competência do governo federal. Já os menores aprendidos foram levados para da Delegacia de Resende e foram liberados depois de serem ouvidos. os seis foram autuados por fato análogo a tentativa de furto.

INB divulga nota

A INB divulgou nota e informou que forneceu aos órgãos de segurança pública as imagens da invasão registradas pelas câmeras da empresa.

"As câmeras de segurança do circuito fechado de TV da Fábrica de Combustível Nuclear da INB, em Resende, detectaram a invasão, ontem à tarde, por volta das 15h, a uma área de propriedade da empresa onde se localiza o prédio do Centro de Treinamento. A equipe de segurança interna imediatamente dirigiu-se ao local, e paralelamente acionou a força de apoio externo, Polícia Militar, que prontamente em conjunto com a equipe de segurança da INB realizou buscas e cerco aos 07 (sete) invasores, capturando os mesmos. Por ser uma área de Governo Federal, eles foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal sendo redirecionados à Delegacia de Polícia Civil. A INB forneceu as imagens gravadas pelo sistema de segurança para os órgãos de segurança pública. Vale ressaltar que o local invadido está localizado fora da área fabril da empresa".

Sumiço de ampolas sem explicação

O desaparecimento de oito gramas de urânio enriquecido, que seriam usados na usina nuclear Angra 2, ocorrido em 16 de agosto de 2023, continua sem explicação até os dias de hoje.

Segundo a INB informou na época, o desparecimento dos tubos foi detectada após a transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) em julho do ano passado. Ainda de acordo com a INB, se ocorrer a liberação do conteúdo "não há riscos radiológicos e nem danos à saúde de um indivíduo".

Plano de ações

Um dia depois da divulgação do desaparecimento, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) solicitou à empresa INB um plano de ações imediatas que possam garantir melhorias no âmbito da proteção física, vigilância e gerenciamento de rejeitos da instalação. O assunto foi discutido em reunião convocada pela Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) da CNEN, em razão do extravio de ampolas do tipo P10 contendo amostras de cilindros com material de hexafluoreto de urânio (UF6).

Na época, o encontro, que reuniu técnicos e membros da alta gestão de ambas as instituições, foi realizado na sede da CNEN, no Rio. De acordo com a CNEN, ficou evidente a necessidade de atuação imediata para promover mais segurança e proteção na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) da INB.

Participaram da reunião, pela CNEN, representantes da Coordenação Geral de Reatores e Ciclo do Combustível, da Coordenação de Instalações do Ciclo do Combustível, inspetores residentes da CNEN na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), assessores da DRS, além dos chefes das divisões de rejeitos e proteção física.

A empresa INB foi representada pela Diretoria Técnica de Enriquecimento Isotópico (DTE), pela Diretoria de Produção do Combustível Nuclear (DPN), pela Gerência de Segurança Empresarial e Proteção Física (GSEMP.F) e pela Presidência da INB.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.